As verrugas virais são causadas pelo papilomavírus humano (HPV) e são infecções de pele muito comuns em crianças, com prevalência de 4 a 33%. A transmissão ocorre por contato direto com a pele infectada ou indireto, através de superfícies contaminadas. Apesar da resolução espontânea ser uma possibilidade dentro de meses a anos, as lesões podem ser extensas, dolorosas e causar dano estético. A não intervenção vigilante é uma opção em lesões não complicadas ou em crianças com baixo limiar para dor, mas há o risco de autoinoculação para outras áreas corporais. A escolha do tratamento depende da localização, tamanho, quantidade, idade e grau de cooperação do paciente.
Os tratamentos disponíveis não são vírus específicos e não há uma terapia padrão-ouro e 100% eficaz. O ácido salicílico é um dos produtos mais utilizados e pode ser associado ao ácido lático e glicólico. A crioterapia com nitrogênio líquido é uma boa opção em crianças. Recomenda-se dois ciclos de congelamento de cinco a dez segundos e halo de congelamento de 1 a 2 mm além da lesão. Os métodos de destruição física (cirurgia convencional, eletrocirurgia, curetagem e laser) são alternativas em verrugas refratárias.
Referências bibliográficas:
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