O corno cutâneo é uma lesão exofítica hiperceratótica e cônica que muitas vezes se assemelha ao chifre de um animal. É definida por ter a altura superior à metade do diâmetro da sua base.
Consiste em queratinócitos proliferativos cornificados sem componente ósseo. A cor, o tamanho, a forma e as dimensões podem variar significativamente, portanto a suspeita clínica deve ser confirmada pela análise histopatológica.
A etiologia dos cornos cutâneos varia, pois é uma manifestação secundária de uma doença primária benigna, pré-maligna ou maligna.
A causa mais comum de cornos cutâneos benignos são as ceratoses seborreicas. Outras causas benignas incluem infecções como papilomavírus humano, nevo epidérmico, pilomatricoma, angioqueratoma, ceratoses liquenóides, triquilemoma e adenoma sebáceo.
As ceratoses actínicas são a causa primária pré-maligna mais comum de corno cutâneo, enquanto o carcinoma espinocelular (CEC) é a causa maligna mais comum. Outras causas pré-malignas e malignas adicionais incluem doença de Bowen, carcinoma verrucoso, carcinoma basocelular, sarcoma de Kaposi e ceratoacantoma. Além disso, cornos cutâneos já foram descritos em casos envolvendo malignidades concomitantes distantes, como carcinoma de células renais.
A patogênese é incerta, mas postula-se que o envelhecimento celular, o fotodano e a subsequente disfunção epitelial contribuam para sua formação. Montgomery (1941) classificou os cornos cutâneos em cinco tipos. Esses subtipos foram diferenciados pela aparência, estrutura histológica e causalidade. Atualmente são classificados dependendo da etiologia subjacente à lesão.
A análise histopatológica da lesão e a subsequente determinação da patologia subjacente é o modelo atual para a classificação do corno cutâneo; ou seja, benigno, pré-maligno ou maligno com uma variedade distinta de causas subjacentes.
O tratamento padrão ouro consiste em biópsia excisional completa e análise histopatológica.
Dependendo do diagnóstico histopatológico, é escolhido o tratamento definitivo. Para lesões benignas, a observação é necessária, ou a lesão pode ser excisada por razões estéticas e posteriormente monitorada.
A excisão local ampla é o tratamento de escolha para casos pré-malignos ou malignos com as margens adequadas de acordo com o diagnóstico subjacente.
Referências bibliográficas:
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