Quiz: Mancha escura na unha. Como conduzir?

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Paciente feminina, 67 anos, história prévia de melanoma in situ excisado há dez anos. Comparece à consulta muito preocupada devido ao surgimento de pigmentação escurecida no hálux à esquerda, mas não sabe informar tempo de evolução. Nega sintomas locais. Nega trauma prévio.

Confira as imagens:

 

Quiz 1/

De acordo com as imagens apresentadas, assinale a melhor alternativa:

Comentários

A avaliação das alterações ungueais, como quantidade de unhas envolvidas, grau de comprometimento, distrofias e desordens pigmentares é fundamental durante o exame dermatológico.

Desse modo, a alteração da coloração das unhas, denominada cromoníquia, pode apresentar-se com variadas cores, como amarelo, verde e castanho, podendo representar diferentes etiologias, como infecções ( onicomicoses) ou doenças sistêmicas.

A correlação entre essas cores  e sua representação histológica na dermatoscopia é fundamental para a identificação das estruturas dermatoscópicas e possíveis diagnósticos diferenciais.

A visualização das cores castanho, marrom e preto sugere origem melânica. Já as cores vermelho, roxo e preto, indicam a origem vascular da lesão. Dessa forma, a  dermatoscopia da placa é útil para distinguir sangue de melanina.

No caso acima, podemos observar a coloração violácea e avermelhada, indicando o diagnóstico de hemorragia subungueal.

Hemorragias subungueais podem apresentar-se com colorações violáceas, vermelhas e pretas,  com observação de estilhaços hemorrágicos, glóbulos ou estrias.

A causa mais comum é o trauma contuso ou mesmo aquele desencadeado por calçados apertados. Todavia a possibilidade de hemorragia causada por um tumor subungueal deve ser levada em consideração, já que o diagnóstico dermatoscópico de hematoma subungueal não descarta um tumor ungueal coincidente, sendo assim necessário o seguimento evolutivo da lesão.

Deve-se realizar acompanhamento dermatoscópico pois, tratando-se de hematoma subungueal de origem traumática, a lesão involui a medida que a unha cresce, com reabsorção do hematoma, o que não aconteceria em caso de tumor subungueal.

Referências bibliográficas: 

  • Di Chiacchio N, Cadore de Farias D, Piraccini BM, Hirata SH, Richert B, Zaiac M, Daniel R, Fanti PA, Andre J, Ruben BS, Fleckman P, Rich P, Haneke E, Chang P, Cherit JD, Scher R, Tosti A. Consensus on melanonychia nail plate dermoscopy. An Bras Dermatol. 2013;88(2):313-7
  • Sobjanek M, Sławińska M, Romaszkiewicz A, Biernat W, Pęksa R, Nowicki RJ. Childhood longitudinal melanonychia: case series from Poland. Postepy Dermatol Alergol. 2020 Apr;37(2)
  • Mendonça IR dos SM, Kac BK, Silva RT da, Spinelli LP, Orofino RR, França JR. Melanoma do aparelho ungueal. An Bras Dermatol [Internet]. 2004Sep;79(5):575–80. Available from: https://doi.org/10.1590/S0365-05962004000500008

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