SÍNDROME DO IMPACTO ULNAR
Corresponde ao processo degenerativo da articulação ulnocarpal
Causa primária: sobrecarga compressiva crônica
A variância ulnar positiva adquirida é uma causa para essa síndrome: Encurtamento do rádio (fratura do rádio distal), Essex-lopresti, Lesão fisária aguda ou crônica
Em uma consolidação viciosa, tanto o encurtamento do rádio quando o desvio dorsal estão associados a sobrecarga ulnocarpal
Estruturas em risco nesse processo degenerativo: Cabeça da ulna, Piramidal, Semilunar e Ligamentos lunopiramidais
AVALIAÇÃO – Dor no lado ulnar do punho, Edema localizado, ocasionalmente limitação do arco de movimento; Histórico e exame físico são semelhantes a lesões agudas da fibrocartilagem triangular; Dor é exacerbada pelo desvio ulnar e apreensão, principalmente durante pronossupinação ativas.
A dor pode ser exacerbada pela depressão da ulna distal e elevação da porção ulnar do carpo (pisiform boost)
Rotação manual do antebraço pode ocasionar dor e crepitação
Diagnóstico diferencial – artrose da ARUD (articulação radioulnar distal)
Radiografias – avaliar: artrose acometendo a ARUD e a porção ulnar do carpo e variância ulnar.; incidência anteroposterior com estresse pode ser útil (punho cerrado, pronado ou pronado com punho cerrado)
TRATAMENTO
Tratamento conservador prolongado antes de pensar em abordagem cirúrgica.
Tratamento cirúrgico – evidências clínicas e radiográficas de impacto ulnocarpal sem artrose da ARUD e sintomas não resolveram com o tratamento conservador.
Variância ulnar negativa ou neutra – Desbridamento artroscópico é uma boa alternativa.
Variância ulnar positiva estática ou dinâmica presente:
A diminuição da sobrecarga ulnar – osteotomia metafisária/diafisária ou ressecção parcial da ulna distal (procedimento de Wafer descrito por Feldon, ressecção de 2 a 4 mm distal da cabeça da ulna, aberto ou artroscópico, mantém as inserções foveas da TFCC)
A osteotomia de encurtamento da ulna distal não apresenta efeito sobre a tensão dos estabilizadores secundários da ARUD
Consequentemente, quando há um conceito de instabilidade associada com impacto ulnar, a osteotomia diafisária pode ser preferível.
REFERÊNCIA
Green´s Operative Hand Surgery – WOLF, HOTCHKISS, PEDERSON, KOZIN, COHEN – 7th ed. – Elsevier – 2017
Foto retirada do acervo do autor