Quiz: Paciente com aumento do volume na hemiface direita e febre. O que será?

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Paciente sexo masculino, cinco anos, trazido na emergência, com aumento do volume na hemiface direita e febre, sem outros comemorativos. Laboratório com hemograma normal, sem leucocitose. 

Foi solicitada tomografia computadorizada da região cervical. Confira:

Quiz 1/

Qual sua hipótese diagnóstica diante dos achados de imagem e história clínica?

Em se tratando de paciente pediátrico, a solicitação de tomografia computadorizada foi a mais correta? Por quê?

Comentários

Figura 1. Tomografia computadorizada do pescoço após administração do meio de contraste evidenciando glândula parótida direita com dimensões muito aumentadas e com hiperrealce pós contraste (seta vermelha).

A parotidite aguda trata-se da inflamação aguda da glândula parótida, extremamente comum na faixa pediátrica, na maioria das vezes, causada por processo infeccioso prévio, a maioria deles de etiologia viral. O vírus da caxumba (Paramyxovirus), em geral, causa comprometimento bilateral. No entanto, acometimento unilateral também pode ocorrer. Sialoadenite bacteriana é especialmente comum nas crianças e a glândula parótida é a mais comumente acometida, sendo seu principal agente etiológico envolvido o Staphylococcus aureus.

O quadro clínico cursa com sensibilidade ou dor na hemiface acometida, podendo ocorrer associado edema facial. Pode estar associado, ainda, à febre e leucocitose.

Dentre os achados de imagem, devemos ter em mente que a ultrassonografia cervical é o exame de imagem de escolha na população pediátrica. Demonstra com clareza o aumento de volume da glândula, sua heterogenicidade, com focos hiperecogênicos puntiformes que representam a ectasia dos ductos glandulares e linfonodos de permeio, bem como aumento da vascularização no estudo com Doppler colorido. Já a tomografia, exame de segunda linha nessa faixa etária, deve ser solicitada diante da suspeita de complicações, como presença de abscessos. Também observaremos após a administração do contraste uma glândula com sua atenuação e volume aumentados, difusamente heterogênea, podendo conter pequenas coleções no seu interior. Aqui vale a ressalva de realizar o estudo do pescoço sempre com o uso de contraste venoso (figura 1).

Referências bibliográficas:

  • Clemente EJI, Navallas M, Tolend M, et al. Imaging Evaluation of Pediatric Parotid Gland Abnormalities. RadioGraphics 2018 38:5, 1552-1575.
  • Som PM, Curtin HD. Head and neck imaging. 5th ed. Vol 1. St Louis, Mo: Elsevier Mosby, 2011.
  • Boyd ZT, Goud AR, Lowe LH, et al. Pediatric salivary gland imaging. Pediatr Radiol 2009;39(7):710-722.
  • Sreeja C, Shahela T, Aesha S, et al. Taxonomy of salivary gland neoplasm. J Clin Diagn Res 2014;8(3):291-293.

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