O eritema pigmentar fixo (EPF) é uma reação adversa da pele a medicamentos. Consiste em uma reação de hipersensibilidade do tipo IV, na qual os antígenos medicamentosos ativam as células T CD8+, que causam danos aos queratinócitos e melanócitos. As células T de memória associam-se com a recorrência no mesmo local. Antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos, contraceptivos orais e anticonvulsivantes são os fármacos mais implicados.
Caracteriza-se pelo aparecimento de placas circulares e purpúricas na mesma topografia após o contato inicial e reexposição ao fármaco desencadeante. O período para o surgimento da lesão varia de uma a seis semanas após o uso da medicação.
Mais raramente, a dermatose pode estar associado a vacinas contra influenza, papiloma vírus e febre amarela. Poucos casos de EPF foram relatados após vacinação contra covid-19, e estes incluem casos vacinados com Pfizer, AstraZeneca e Moderna. Até o momento, a etiologia das reações às vacinas de covid-19 não é clara, e caso ocorra EPF após a vacina, em geral a relação risco- benefício favorável deve encorajar a conclusão do esquema vacinal.
Outras manifestações dermatológicas relatadas após a vacinação contra o coronavírus foram reação local da injeção, urticária, erupção morbiliforme ou papulovesicular, pitiríase e erupção do tipo vasculite.
Referências bibliográficas: