Onicomicose é a infecção das unhas por fungos, sendo a doença ungueal mais comum. Os patógenos  podem comportar-se como primários, invadindo a placa ungueal saudável, ou secundários, instalando-se na placa com doença preexistente. Quando comparada a outras infecções fúngicas da pele, é a mais frequente e a mais difícil de tratar.

A onicomicose pode ser causada por fungos dermatófitos, fungos não dermatófitos e leveduras. Aproximadamente 90% das onicomicoses das unhas dos pés e 75% das unhas são causadas por dermatófitos, principalmente Trichophyton mentagrophytes e Trichophyton rubrum.

Os fungos produzem enzimas com atividades proteolíticas, queratinolíticas e lipolíticas, que ajudam a degradar a queratina na lâmina ungueal e facilitam a invasão fúngica.

Clinicamente, a onicomicose se apresenta com cromoníquia branca ou marrom-amarelada além de hiperceratose subungueal, descolamento da unha do leito ungueal (onicólise) e espessamento da lâmina ungueal.

Em geral, as unhas dos pés são afetadas sete a dez vezes mais do que as unhas das mãos.

O diagnóstico de onicomicose pode ser fortemente suspeitado com base nas características clínicas típicas, como cromoníquia, hiperqueratose subungueal e onicólise. Entretanto, os exames laboratoriais são considerados ferramentas necessárias para estabelecer a etiologia e auxiliar na escolha terapêutica.

Desse modo, recomenda-se realizar o Exame Micológico Direto e Cultura para fungos do raspado ungueal.

A onicomicose é notoriamente difícil de tratar devido à natureza profunda do fungo na lâmina ungueal, ao tratamento prolongado necessário para a resolução, à baixa adesão do paciente e às recorrências frequentes. As opções de tratamento incluem terapia antifúngica oral, terapia antifúngica tópica, principalmente.

As terapias antifúngicas orais são eficazes, mas têm efeitos adversos significativos e potenciais interações medicamentosas negativas, o que limita seu uso. Embora as terapias antifúngicas tópicas tenham efeitos adversos mínimos, são menos eficazes que as terapias antifúngicas orais, devido à fraca penetração das unhas. As terapias combinadas podem melhorar os resultados dos pacientes.

Além disso, os indivíduos afetados devem ser aconselhados a usar sapatos não oclusivos, manter os pés secos, usar meias absorventes e cortar as unhas curtas.

Referências bibliográficas:

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