Quiz: Paciente com lesão papulosa, erimatosa e assintomática

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Paciente de 50 anos, sem comorbidades, relata surgimento de lesão papulosa, eritematosa, assintomática no dorso, há três anos.

Confira a imagem clínica e dermatoscópica:

Quiz 1/

Assinale a alternativa que contempla o melhor diagnóstico e conduta: 

Comentários

O caso acima retrata o cenário das “pink lesions”, que são as lesões cutâneas não pigmentadas. Elas abrangem um grupo heterogêneo de lesões, podendo ser tumorais, inflamatórias ou infecciosas, muitas vezes são desafiadoras para o dermatologista. Assim, a dermatoscopia é ferramenta fundamental para avaliação.

A anamnese e o exame clínico continuam sendo fundamentais para auxiliar no diagnóstico correto e representam etapa inicial para decidir se uma determinada lesão é tumoral (e possivelmente maligna) ou se faz parte de um processo inflamatório ou infeccioso.

Um algoritmo de três passos foi formulado para auxiliar nesse sentido. Desse modo, o diagnóstico dermatoscópico de uma lesão rosada depende da avaliação de:

1) morfologia dos vasos (como arboriformes, puntiformes, glomerulares, em vírgula, dentre outros);

2) arranjo dos vasos (regular, irregular, radial, dentre outros);

3) critérios dermatoscópicos adicionais, como ulceração, crisálidas, escamas, pseudocistos, rede invertida, dentre outros.

As lesões benignas são comumente classificadas por simetria de cor e padrão. Os vasos visualizados são geralmente de morfologia única (ou predominante) e ocorrem com arranjo bastante regular. Nevo intradérmico, hiperplasia sebácea e ceratose seborreica são exemplos desse grupo.

Já lesões rosadas malignas geralmente têm uma história de crescimento progressivo. Apresentam-se frequentemente, à dermatoscopia, com padrão vascular atípico ou polimorfo (definido como tendo dois ou mais morfologias vasculares), com os vasos dispostos irregularmente. Pistas adicionais de malignidade também podem frequentemente ser detectadas. Carcinoma basocelular, melanoma amelanótico e carcinoma espinocelular representam esse grupo.

Voltando à questão, no caso acima, observamos vasos de morfologia arboriforme, com arranjo irregular, com crisálidas como critério adicional. De acordo com a análise de padrões, a principal suspeita diagnóstica se confirmou no exame histopatológico: carcinoma basocelular, com margens livres.

Portanto, a dermatoscopia pode melhorar a precisão do diagnóstico e, assim, facilitar as condutas diante de lesões cutâneas rosadas. Dessa forma, a remoção de tumores malignos pode ser otimizada e a biópsia desnecessária de lesões benignas pode ser reduzida, impactando no benefício final dos pacientes.

Referencias bibliográficas:

  • Rezze Gg, Soares De Sá Bc, Neves Ri. Dermatoscopia: O Método De Análise De Padrões. An Bras Dermatol. 2006;(3):261-8.
  • Revista da SPDV 72(3) 2014; André Laureano, Cândida Fernandes, Jorge Cardoso; Morfologia e padrões vasculares em dermatoscopia – Parte II
  • Jason Giacomel, Iris Zalaudek, Pink Lesions, Dermatologic Clinics, Volume 31, Issue 4, 2013, Pages 649-678, ISSN 0733-8635.

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