Quiz: Paciente com pápula solitária na perna. Qual o diagnóstico?

Nota-se depressão central da lesão quando pressionada. Responda ao Quiz PEBMED e teste seus conhecimentos em dermatologia.

Paciente feminina, 34 anos, apresenta pápula eritemato-acastanhada, consistência firme, endurecida na perna esquerda, há quatro anos, assintomática. Ao exame, nota-se depressão central da lesão quando pressionada lateralmente. 

Confira a imagem:

Quiz 1/

De acordo com a imagem clínica e dermatoscópica, qual o seu diagnóstico?

Comentários

O dermatofibroma (DF) é uma neoplasia cutânea benigna do grupo dos tumores fibro-histiocíticos. É frequente e acomete a faixa etária de 20 a 30 anos. Geralmente, são lesões isoladas, únicas, ou em número reduzido, com mais predileção pelos membros inferiores.

Outras variantes incomuns já foram descritas, como: atróficas, múltiplas, agrupadas e eruptivas. A variante múltipla eruptiva foi associada a doenças auto-imunes, imunossupressores, HIV, neoplasias hematológicas, gestação, entre outros, necessitando de investigação clínica concomitante.

O diagnóstico do DF é clínico, pois, tipicamente, é um tumor eritemato- acastanhado de menos de um centímetro. Pode haver umbilicação da pele com a compressão lateral da lesão, formando o “sinal da covinha”, ou “dimple-sign” (sinal de Fitzpatrick), considerado patognomônico do DF para alguns autores.

A dermatoscopia é uma ferramenta não invasiva para o diagnóstico do DF. Sua aparência clássica é a de uma área branca central semelhante à cicatriz, cercada por uma rede pigmentar discreta na periferia, ocorrendo em 34% dos casos, sendo o padrão evidenciado no caso em questão.  Outros padrões comuns são o de rede pigmentar discreta em toda a lesão (14%) e o de rede pigmentar discreta com rede branca central (9%). Entretanto, em 6% dos casos, o dermatofibroma apresenta-se em padrão atípico, podendo simular outros diagnósticos, como lentigo, nevo azul, melanoma e lesões não melanocíticas. Alguns autores consideram dez tipos dermatoscópicos associados a esse diagnóstico.

Geralmente recomenda-se tratamento da lesão somente em casos em que haja dor ou desconforto estético, com realização de exérese cirúrgica da lesão.

Referências bibliográficas:

  • Camara MF, Pinheiro PM, Jales RD, da Trindade Neto PB, Costa JB, de Sousa VL. Multiple dermatofibromas: dermoscopic patterns. Indian J Dermatol. 2013 May;58(3):243. doi: 10.4103/0019-5154.110862. PMID: 23723500; PMCID: PMC3667312.
  • Barroso DH, Leite CPZ, Araujo GDS, Teixeira MAG, Alencar ERB, Cavalcanti SMM. Dermatofibroma simulando ceratose seborreica dermatoscopicamente. An Bras Dermatol. 2016;91(3):356-8
  • Pinto-Almeida T, Caetano M, Alves R, Selores M. Congenital multiple clustered dermatofibroma and multiple eruptive dermatofibromas – unusual presentations of a common entity. An Bras Dermatol. 2013;88(6 Suppl 1):S63-6
  • Meffert JJ, Peake MF, Wilde JL. ‘Dimpling’ is not unique to dermatofibromas. Dermatology. 1997;195(4):384-6. doi: 10.1159/000245994. PMID: 9529563.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Tags