A pustulose subcórnea de Sneddon-Wilkinson é uma dermatose rara, crônica e recorrente, de etiopatogenia ainda incerta. Acomete principalmente mulheres de 40 a 50 anos e caracteriza-se pelo surgimento de pústulas de aspecto “meio a meio” (exsudato purulento na base da lesão e porção límpida no topo). As lesões costumam ocorrer no tronco, áreas intertriginosas e parte flexora dos membros. Pode ocorrer prurido leve.
A condição é benigna mas eventualmente pode associar a gamopatias monoclonais, doenças mieloproliferativas, artrite reumatoide, doença de Crohn, esclerose múltipla, entre outras, o que justifica o acompanhamento dos pacientes.
O diagnóstico diferencial inclui psoríase pustulosa generalizada, pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA, que é uma reação adversa grave a medicações), pênfigo foliáceo, entre outros.
O tratamento de primeira linha é a dapsona; corticoides podem ser associados. Outras opções incluem retinóides como a acitretina, fototerapia e imunobiológicos.
Referências bibliográficas:
- Razera F. Dermatoses neutrofílicas – parte II. An. Bras. Dermatol. 86 (2) Abr 2011