Nesse caso, trata-se de uma pancreatite crônica. Observe nas imagens tomográficas fornecidas, a atrofia difusa no pâncreas, associado a ectasia do ducto de Wirsung (seta vermelha) e focos de calcificação grosseiros (seta amarela).
A pancreatite crônica é o resultado de um processo inflamatório crônico que acarreta num dano irreversível ao órgão, com disfunção endócrina e exócrina permanente. O principal fator de risco para o desenvolvimento da pancreatite crônica é o alcoolismo. No entanto existem outros fatores de risco, como genético, idiopático, autoimune, secundário a fatores obstrutivos como colodocolitíase, adenocarcinoma de cabeça pancreática.
Em geral, os pacientes apresentam como principal sintoma a dor abdominal epigástrica recorrente. Em fases mais tardias, pode surgir icterícia, síndromes disabsortivas e diabetes mellitus.
Na tomografia computadorizada do abdome os achados mais comumente observados são redução da espessura pancreática (atrofia), ectasia ou dilatação do ducto de Wirsung, calcificações e pseudocistos.
Referências bibliográficas:
- Sanyal R, Stevens T, Novak E et-al. Secretin-enhanced MRCP: review of technique and application with proposal for quantification of exocrine function. AJR Am J Roentgenol. 2012;198 (1): 124-3
- Etemad B, Whitcomb DC. Chronic pancreatitis: diagnosis, classification, and new genetic developments. Gastroenterology. 2001;120 (3): 682-707.
- Shanbhogue AK, Fasih N, Surabhi VR et-al. A clinical and radiologic review of uncommon types and causes of pancreatitis. Radiographics. 2009;29 (4): 1003-26
- Miller FH, Keppke AL, Wadhwa A et-al. MRI of pancreatitis and its complications: part 2, chronic pancreatitis. AJR Am J Roentgenol. 2004;183 (6): 1645-52
Confira aqui um artigo sobre como manejar um paciente com pancreatite crônica.