Quiz: Paciente de 38 anos com quadro de dor pélvica e dismenorreia. Qual o diagnóstico?

Foi solicitada ressonância magnética da pelve para melhor avaliação e investigação do quadro de dor pélvica. Teste seus conhecimentos.

Paciente 38 anos, com quadro de dor pélvica e dismenorreia há cerca de três anos, com piora evolutiva. Foi solicitada ressonância magnética da pelve para melhor avaliação e investigação do quadro.  

Exames laboratoriais sem alterações.

 

Quiz 1/

Diante dos achados de imagem, qual a sua principal hipótese diagnóstica?

Comentários

A resposta correta para essa questão é adenomiose, letra D. Na imagem em sagital, observamos espessamento simétrico da zona juncional e pequenos cistos subendometriais.

Figura 1. Ressonância magnética da pelve, imagem ponderada em T2, sagital, evidenciando zona juncional espessada, com sua espessura acima de 22 mm (medindo 12 mm) e pequenos cistos subendometriais de permeio, compatível com adenomiose.

A adenomiose é uma doença benigna uterina comum caracterizada pelo crescimento de ilhotas de glândulas endometriais e estroma no interior do miométrio, associado a hipertrofia/ hiperplasia miometrial, podendo ocorrer aumento do volume uterino. Seus sintomas se confundem com outras patologias uterinas, não sendo patognomônicos desta condição. Os principais sinais e sintomas são sangramento uterino anormal e dismenorreia. 

Os exames de imagem que podem ser solicitados diante dessa suspeita são ultrassonografia ou ressonância magnética da pelve, este último com melhor definição tecidual e tridimensional, sendo preferível quando tolerado pela paciente. Nos exames de imagem observamos o espessamento da zona juncional que pode ser simétrico (como no caso) ou assimétrico – seu valor de corte é de 12 mm, acima disso, já consideramos uma zona juncional espessada; presença de cistos subendometriais que serão observados na ultrassonografia como pequenas imagens anecoicas e na ressonância, como áreas de alto sinal em T2. Em geral, na ultrassonografia, veremos vascularização translesional, sem efeito de massa desviado o curso ou reduzindo o calibre dos vasos.  

Referências bibliográficas:

  • Tellum, T.; Matic, G.V.; Dormagen, J.B.; Nygaard, S.; Viktil, E.; Qvigstad, E.; Lieng, M. Diagnosing Adenomyosis with MRI: A Prospective Study Revisiting the Junctional Zone Thickness Cutoff of 12 Mm as a Diagnostic Marker. Eur. Radiol. 2019, 29, 6971–6981.
  • Uterine Adenomyosis: Endovaginal US and MR Imaging Features with Histopathologic Correlation Caroline Reinhold, Faranak Tafazoli, Amira Mehio, Lin Wang, Mostafa Atri, Evan S. Siegelman, and Lori Rohoman RadioGraphics 1999 19:suppl_1, S147-S160.
  • Troiano RN, Flynn SD, McCarthy S. Cystic adenomyosis of the uterus: MRI. JMRI 1998; 8:1198-1202. 

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