Alopecia androgenética (AA) é uma das principais queixas nas consultas dermatológicas, sendo a forma mais comum de perda de cabelo. É uma forma de alopecia não cicatricial onde ocorre progressiva miniaturização do folículo piloso.
O diagnóstico geralmente é clínico, com rarefação capilar na região temporal ou parietal.
A tricoscopia é uma ferramenta diagnóstica prática utilizada durante a avaliação do paciente.
Na AA, ela permite a visualização da variabilidade do diâmetro das hastes (marcador de miniaturização, presente no caso ilustrado acima), diferença da densidade e espessura dos fios da região occipital x frontal, “yellow dots”, além de uma haste por unidade folicular (em casos mais avançados) e sinal peripilar (coloração amarronzada perifolicular).
A alopecia areata difere no padrão tricoscópico, com presença de pelos em “ cotovelo”, pontos pretos, pelos em ponto de exclamação e pelos cadavéricos.
Já a presença de pelos fraturados, pontos brancos e áreas de alopécia, sugere o diagnóstico de alopecia de tração.
Na tricotilomania, por outro lado, podemos observar a presença de pelos fraturados em diferentes tamanhos, pelos enovelados, pelos vellus e tricoptilose.
Referências bibliográficas:
- KASUMAGIC-HALILOVIC, E. Trichoscopic Findings in Androgenetic Alopecia. Med Arch, 75, n. 2, p. 109-111, Apr 2021
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