Quiz: Saúde da comunidade LGBTQIA+

Teste seus conhecimentos com este Quiz sobre as práticas de cuidado no atendimento da comunidade LGBTQIA+. Confira.

O Portal PEBMED ao entender a demanda dos nossos leitores tem preparado uma série de conteúdos sobre as práticas de cuidado no atendimento da comunidade LGBTQIA+. Abrindo essa seção trazemos aqui um Quiz sobre os conceitos fundamentais que são importantes de saber para acolher esses pacientes no atendimento clínico. Vamos lá!

Quiz 1/

A comunidade LGBTQIA+ é composta por pessoas com variações no desenvolvimento de sexo biológico, identidade de gênero e orientação afetivo-sexual. Qual alternativa abaixo compreende exemplos apenas de orientações afetivo-sexuais?

Comentários

As letras L,G,B e A significam respectivamente lésbicas, gays, bissexuais e assexuais,
sendo que todas contemplam orientações afetivas e/ou sexuais, que consistem no desejo
de ter ou não relação afetiva e ou sexual com outros indivíduos. Os pansexuais também
contemplam este grupo.

As outras letras representam Trangêneros, Queers e Intersexos. O sinal de adição (+), por
sua vez, representa todas outras manifestações possíveis da sexualidade humana.

Referências:

  • CIASCA, S. V.; HERCOWITZ, A.; LOPES-JUNIOR, A. Saúde LGBTQIA+: Práticas
    de cuidado transdisciplinar. Santana de Parnaíba: Manole, 2021.

O dia 29 de janeiro é o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A fim de promover a afirmação de direitos civis para essa população que busca diminuir as situações de vulnerabilidade social em que vivem a maioria deles em nosso país. Quanto a saúde mental, qual o principal quadro que a população transgênero tem maior risco de desenvolver ao longo da vida?

Comentários

Sabe-se que a comunidade LGBTQIA+ têm maior risco de desenvolver problemas de saúde mental como uso abusivo de substâncias, lesão autoprovocada não suicida, transtornos alimentares, mas o mais prevalente dentre eles são ansiedade e depressão, podendo incluir
a ideação suicida. Tal associação pode ser explicada através do modelo conceitual de
estresse de minoria, no qual indivíduos LGBT têm maiores chances de sofrerem experiências traumáticas numa sociedade discriminatória.

A população transgênero sofre disso de forma exacerbada, por pertencerem a uma minoria
social na expressão da sua sexualidade ficam mais expostos a situações de vulnerabilidade
como exclusão social, problemas familiares, bullying escolar e até casos de violência física
e homicídios.

É fundamental que médicos, independente de suas especialidades, saibam abordar
aspectos de saúde mental a fim de promover acolhimento, diagnosticar e prevenir agravos à
saúde. Uma anamnese direcionada e objetiva permite identificar fatores de risco.

Dentre as alternativas erradas, vale ressaltar que nem todo indivíduo trans sofre de disforia
de gênero. Ainda que possam ser acometidos com uso abusivo de substâncias e estudos
preliminares demonstrem risco elevado de transtorno alimentares comparado a população
cisgênero, a depressão se mantém como principal agravo de saúde mental.

Referências:

  • Queering global health: an urgent call for LGBT+ affirmative practices. Suntosh R
    Pillay, Joachim M Ntetmen, Juan A Nel, Lancet Glob Health 2022; 10: e574–78
  • Minority Stress and Suicidal Ideation and Suicide Attempts Among LGBT
    Adolescents and Young Adults: A Meta-Analysis Jennifer de Lange, Laura Baams,
    Diana D van Bergen, Henny M W Bos, Roel J Bosker Affiliations expand. PMID:
    35319281 DOI: 10.1089/lgbt.2021.0106
  • Benevides, Bruna. Dossiê Assassinatos e violências contra travestis e transexuais
    brasileiras em 2021. 2022

Pouco se fala sobre a população Intersexo, o que torna imprescindível abordar sobre o cuidado dessa população. Intersexo é a condição de sexo biológico em:

Comentários

A biologia clássica categorizou os indivíduos através de características físicas em sexo
masculino e feminino, muitas vezes através de diferenciações sexuais e atributos físicos
que dividem as espécies em machos e fêmeas. Quando se trata de seres humanos a lógica
foi bem similar. No entanto, sabe-se que indivíduos podem se nascer com diferenciações do
desenvolvimento sexual que por vezes vão apresentar variabilidade sexual na categoria
binária de sexo masculino e feminino. Por muito tempo a medicina caracterizou tais
condições biológicas como patologias do desenvolvimento, necessitando em sua maioria de
tratamento para a definição de gênero na sociedade.

Crianças com alterações genitais, por exemplo, muitas vezes eram submetidas a
intervenções cirúrgicas ou clínicas a fim de definir um gênero específico (masculino ou
feminino). O entendimento atual é que indivíduos Intersexo tem uma condição biológica de
variação do desenvolvimento sexual, estando numa condição intersexo, cujas variações
podem ser anatômicas, genitais, bem como cromossômicas, cerebrais ou hormonais. Os
indivíduos intersexo podem ser acolhidos para seguimento médico sem que sua condição
seja considerada uma doença que requer tratamento. Além disso, a autodeterminação de
gênero cabe somente ao paciente, não dependendo obrigatoriamente das condições
biológicas ao nascimento.

Referências bibliográficas:

  • CIASCA, S. V.; HERCOWITZ, A.; LOPES-JUNIOR, A. Saúde LGBTQIA+: Práticas
    de cuidado transdisciplinar. Santana de Parnaíba: Manole, 2021.

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