A síndrome da unha esverdeada é uma infecção ungueal cujo principal agente é a Pseudomonas aeruginosa, que produz a piocianina e a pioverdina. Esses pigmentos são responsáveis pela cloroníquia (coloração esverdeada da unha).
A P. aeruginosa é uma bactéria onipresente: é encontrada no solo, água, plantas, animais e em humanos. Pode ser transmitida da unha para outros sítios, causando desde infecções locais a sistêmicas. Os fatores de risco para a infecção da unha incluem exposição crônica à água e detergentes, onicotilomania (compulsão por arrancar as unhas), trauma, onicomicose ou psoríase ungueal. O primeiro pododáctilo costuma ser o mais acometido.
Os achados clínicos e dermatoscópicos são suficientes para o diagnóstico. Através da dermatoscopia, é possível visualizar vários tons de cores: verde, amarelo, marrom, azul, vermelho, cinza e preto. Outros achados incluem onicólise (descolamento da unha), escamas, estrias e pontos/glóbulos. O onicomicose está frequentemente associada e pode ser um fator predisponente para a infecção bacteriana.
Nos casos atípicos o exame histopatológico e a coloração de Gram ou cultura da lâmina ungueal podem ser utilizados. O dignóstico diferencial inclui hematoma subungueal, melanoma, onicomicose e pigmento exógeno. O tratamento pode ser tópico com solução (colírio) de ciprofloxacino ou gentamincina. Se onicomicose concomitante, antifúngicos tópicos e/ou orais devem ser associados.
Referências bibliográficas: