Uso de células ß artificiais para o tratamento do diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 (DM1) é uma doença auto imune, desencadeada por auto anticorpos que destroem as células ß pancreáticas, onde existe a incapacidade da produção insulina por este órgão. Um dos grandes desafios da medicina nos últimos anos tem sido substituir insulina natural, produzida fisiologicamente, por insulinas artificiais produzidas em laboratório. Apesar dos grandes avanços …

O diabetes tipo 1 (DM1) é uma doença auto imune, desencadeada por auto anticorpos que destroem as células ß pancreáticas, onde existe a incapacidade da produção insulina por este órgão. Um dos grandes desafios da medicina nos últimos anos tem sido substituir insulina natural, produzida fisiologicamente, por insulinas artificiais produzidas em laboratório.

Apesar dos grandes avanços em diversos tipos de insulina, com período e tempo para inicio de ação diferentes, permitindo cada vez mais um controle glicêmico próximo ao fisiológico, pesquisadores do mundo inteiro ainda buscam métodos de aplicação e reposta as variações glicéricas que sejam o mais próximos ao natural.

Nos últimos anos um sistema em alça fechada de administração de insulina, chamado de Células ß artificiais, tem sido estudado. Basicamente este sistema permite a monitorização continua da glicemia de pacientes diabéticos, com um sensor subcutâneo, e respostas de acordo com a variação do nível glicêmico de maneira continua com o  ajuste das doses de insulina administrada nestes pacientes.

Recentemente pesquisadores europeus realizaram estudos no qual pacientes com DM1 foram randomizados entre o sistema em alça fechada e grupo controle, durante um período de 12 semanas. O grupo controle utilizava insulina em bomba, sem monitorização continua da glicemia, porém, com regulação para interrupção em caso de hipoglicemia.

Os resultados finais apontaram que o  grupo utilizando as células ß artificiais apresentaram melhores resultados do que o grupo controle, com maior tempo de controle glicêmico na faixa pré estabelecida no estudo, de 70 a 180 mg/dL. Durante o estudo houveram pouquíssimos eventos de hipoglicemia.

Muito ainda precisa ser feito para o desenvolvimento das células ß artificiais efetivas e seguras. O tratamento do diabetes é um dos grandes desafios deste século, onde o principal objetivo é reduzir as complicações desta doença e diretamente influenciar na redução de sua morbidade e mortalidade.

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Referências:

  • Hood Thabit, M.D., et al. – Home Use of an Artificial Beta Cell in Type 1 Diabetes; NEJM 17 setembro 2015

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