Linfogranuloma venéreo: o que saber? [podcast]

O linfogranuloma venéreo, manifestadao caracteristicamente como úlcera genital, é causado pela Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

O linfogranuloma venéreo é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por determinadas cepas das bactérias do gênero Chlamydia trachomatis.

Neste episódio, a ginecologista e editora médica do Whitebook, Caroline Oliveira, aborda o LGV, uma infecção que afeta principalmente os órgãos genitais, causando inflamação e danos nos linfonodos próximos à área afetada.

Veja também: Vitamina D: panorama geral

Fisiopatologia

Consiste em uma doença do tecido linfático com indução de reação linfoproliferativa com drenagem para linfonodos, produzindo linfangite, áreas de necrose ao redor dos nódulos, seguido de formação de abscesso.

As partículas infectantes da clamídia (corpos elementares) penetram na célula do hospedeiro, passando para corpos reticulares metabolicamente ativos.

A divisão dentro da célula permite que os corpos reticulares se transformem em múltiplos corpos elementares que, por sua vez, são liberados por exocitose, promovendo a infecção.

Acomete ambos os sexos, mas os surtos são mais frequentes entre homossexuais masculinos (causando proctite ), aumentando o risco de infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.

Abordagem Terapêutica

Deve ter início precoce, antes mesmo da confirmação laboratorial, a fim de minimizar eventuais sequelas.

A Doxiciclina e a Azitromicina são as medicações de escolha e devem ser empregadas, salvo contraindicações (gravidez, infância e intolerância ou alergia).

Doxiciclina é a medicação de primeira escolha, em casos de proctite, devendo ser associada dose única de Ceftriaxona. A droga de segunda linha é a Azitromicina, com uso preferencial nas gestantes. A Eritromicina também pode ser utilizada em caso de impossibilidade dos medicamentos descritos.

Se a parceria sexual for assintomática, recomenda-se um dos tratamentos a seguir: Azitromicina ou Doxiciclina.

Os parceiros sexuais dos últimos 60 dias devem ser testados para infecção uretral ou cervical.

Os antibióticos não revertem sequelas como estenose retal ou elefantíase genital.

Os bubões devem ser aspirados com agulha grossa e nunca drenados ou excisados, pois, além de retardarem a cicatrização, esses procedimentos podem disseminar a doença e propiciar o aparecimento de elefantíase.

Para os casos de proctite associada ao LGV, recomenda-se terapia empírica com Doxiciclina associada à Ceftriaxona.

Saiba mais conferindo o episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.