Hemorragia peri-intraventricular no prematuro [podcast]

Neste episódio, Maria Eduarda Cruxen fala sobre o tratamento e o acompanhamento da hemorragia peri-intraventricular no prematuro.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

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A hemorragia peri-intraventricular no prematuro é uma complicação grave que ocorre quando pequenos vasos sanguíneos no cérebro do bebê prematuro se rompem, causando sangramento ao redor ou dentro dos ventrículos cerebrais. 

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Neste episódio, a pediatra e conteudista do Whitebook, Maria Eduarda Cruxen, fala sobre essa condição que pode levar a danos cerebrais permanentes e problemas neurológicos de longo prazo. A especialista aborda ainda sobre o tratamento imediato e o acompanhamento médico rigoroso, os quais são essenciais para minimizar as consequências.

Hemorragia peri-intraventricular no prematuro

Hemorragia Intracraniana no RN

Extravasamento de sangue para dentro do crânio, podendo ser classificada de acordo com a localização do sangramento:

  • Hemorragia epidural: Entre o crânio e fora da dura-máter;
  • Hemorragia subdural: Entre a dura-máter e a aracnoide;
  • Hemorragia subaracnoidea: Entre a aracnoide e a pia-máter;
  • Hemorragia intraventricular: Dentro dos ventrículos;
  • Hemorragia intraparenquimatosa: Dentro do próprio parênquima cerebral.

Apresentação Clínica

Dentre as hemorragias intracranianas (HIC) que ocorrem no recém-nascido (RN) a termo, a mais comum é a hemorragia subaracnoidea, resultante do rompimento dos vasos sanguíneos em ponte ou dos seios durais durante o trabalho de parto. As hemorragias subdurais também são comuns. Em muitos casos, há o envolvimento de mais de um compartimento.

Os bebês que nascem espontaneamente apresentam menores taxas de HIC. A matriz germinativa é o local mais comum onde ocorre HIC. Como a matriz germinativa reveste os ventrículos laterais, a hemorragia nessa região pode causar hemorragia intraventricular, intraparenquimatosa ou ambas. Sua microvasculatura é frágil devido à abundância de neovascularização.

Recém-nascidos prematuros: A hemorragia da matriz germinativa é a mais comum, sendo assintomática na maioria dos casos. No entanto, as hemorragias muito grandes apresentam-se rapidamente com alteração da consciência, anormalidades metabólicas e cardiorrespiratórias, abaulamento de fontanela, e exame neurológico alterado (movimentos oculares anormais, hipotonia, respostas pupilares alteradas e convulsões).

Recém-nascidos a termo: A maioria dos bebês a termo são assintomáticos, mesmo tendo HIC moderada a grave. Entretanto, os que são sintomáticos costumam apresentar convulsão, alteração da consciência e hipotonia generalizada, mas essas manifestações não são específicas da HIC.

Fatores de risco: Quanto menor a idade gestacional, maior a incidência de hemorragia intraventricular. Outros fatores são baixo peso ao nascer, corioamnionite, outras infecções, síndrome do desconforto respiratório, pneumotórax, hipercapnia, hipoxemia, hipotensão, não uso de corticoide antenatal, transporte do neonato prematuro, entre outros. Nos bebês a termo, a plaquetopenia é o fator de risco congênito mais comum para HIC.

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Saiba mais conferindo o episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!

 

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