Metoclopramida: conheça seus efeitos colaterais

A Metoclopramida bloqueia os receptores de dopamina e os receptores de serotonina na zona de gatilho quimiorreceptora do SNC.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

Classicamente conhecida pelo seu efeito antiemético, a metoclopramida é também reconhecida pelos seus efeitos adversos como as reações extrapiramidais, que tendem a reduzir ou desaparecer após a interrupção do fármaco. Dentre as manifestações, a distonia aguda e a acatisia tendem a ocorrer nas primeiras 48 horas após a administração enquanto que o parkinsonismo e a discinesia são mais tardios.

Leia mais: Metreleptina: novo medicamento do bulário do Whitebook!

As reações distônicas caracterizam-se por contrações musculares sustentadas, resultando em movimentos ou posturas anormais, como caretas, torcicolo e crises oculógiras. A acatisia, por sua vez, pode se manifestar com ansiedade, insônia e incapacidade de ficar parado, sendo comum o paciente ficar batendo os pés ou andando de um lado para o outro.

Em relação às manifestações tardias, o parkinsonismo está associado a sintomas como bradicinesia e tremor. Já a discinesia tardia é definida por movimentos repetitivos, de caráter involuntário e sem propósito da face, língua, tronco e/ou extremidades.

Sabe-se, neste contexto, que o risco é aumentado quanto maior o tempo de uso e a dose cumulativa total da metoclopramida e está relacionado a sua ação farmacológica ao atuar como antagonista do receptor de dopamina. Idade maior ou igual a sessenta anos, pacientes pediátricos, sexo feminino, diabetes mellitus, insuficiência renal e uso concomitante de antipsicóticos também são considerados fatores de risco.

Apresentação

  • Comprimido: 10 mg (Plasil®, FURP-Metoclopramida®, Novosil®, Plabel®);
  • Solução oral: 4 mg/mL – frasco com 10 mL (Plabel®, Plagex®, Plavom®, Vomistop®).
  • Solução injetável: 5 mg/mL – frasco-ampola com 2 mL (Aristopramida®, Hyposil®, Metoclosantisa®, Metrofarma®, Noprosil®, Plagex®);

Uso Clínico

  • Distúrbios da motilidade gastrointestinal;
  • Náuseas e vômitos relacionados à quimioterapia; 
  • Gastroparesia no pós-operatório; 
  • Para facilitar os procedimentos radiológicos do trato gastrointestinal.

Veja também: Brodalumabe: saiba mais no bulário do Whitebook!

Quer saber mais sobre a metoclopramida? Acesse agora mesmo no Whitebook! Basta seguir este caminho após abrir o WB no seu navegador ou pelo app: Medicamentos Icone de proximo Bulário Icone de proximo Cloridrato de Metoclopramida.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Bassoli T. et al. Metoclopramide and its extrapyramidal effects on children. Braz. J. of Develop.,Curitiba, v.6, n.10,p. 77339-77345. 2020.
  • Jinnah HA. The Dystonias. Continuum (Minneap Minn). 2019; 25(4):976-1000. Metoclopramide: Drug information. Uptodate, 2023.
  • Plasil (Cloridrato de metoclopramida). Ricardo Jonsson. São Paulo: Sanofi Medley Farmacêutica Ltda., 2022. Bula do medicamento.