Doença Inflamatória Pélvica: pontos de atenção [podcast]

Neste episódio, Caroline Oliveira fala sobre a doença inflamatória pélvica, uma das mais importantes complicações de ISTs.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

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A doença inflamatória pélvica é uma síndrome clínica atribuída à ascensão de microrganismos no trato genital inferior feminino, espontânea ou decorrente de manipulação, comprometendo endométrio (endometrite), tubas uterinas, anexos uterinos e/ou estruturas contíguas, causando salpingite, miometrite, ooforite, parametrite, pelviperitonite.

Veja também: Gonorreia na Atenção Primária: pontos de atenção

Neste episódio, Caroline Oliveira, ginecologista e conteudista do Whitebook, fala sobre esse quadro que constituiu uma das mais importantes complicações das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

A doença inflamatória pélvica (DIP) decorre da ascensão de microrganismos no trato genital inferior, com comprometimento de endométrio, trompas, anexos uterinos e/ou estruturas contíguas.

É comum em mulheres jovens com atividade sexual não protegida, com possíveis sequelas importantes a longo prazo, como infertilidade por fator tubário, gravidez ectópica e dor pélvica crônica.

A maioria dos casos de DIP (85%) é causada por agentes patogênicos sexualmente transmitidos ou associados à vaginose bacteriana.

Os principais agentes incluem: Neisseria gonorrhoeae; Chlamydia sp.; Bacteroides sp.; enterobactérias; estreptococos e outros, como bactérias facultativas anaeróbias da microbiota vaginal (ex.: G. vaginalis, H. influenzae, S. agalactiae; Campylobacter spp., Peptococcus, Peptostreptococcus e Prevotella spp.). Adicionalmente citomegalovírus (CMV), herpes-vírus simples, M. genitalium, M. hominis, U. urealyticum e Trichomonas vaginalis podem ser associados a alguns casos de DIP.

Fatores de risco:

  • Vida sexualmente ativa;
  • Multiplicidade de parceiros;
  • Vaginites e vaginoses recorrentes;
  • Idade < 25 anos;
  • História pessoal de IST e/ou do(a) parceiro(a);
  • Caso prévio de DIP;
  • Ausência de uso de métodos contraceptivos de barreira (ex.: preservativo);
  • Uso exclusivo de método anticoncepcional (pílulas combinadas);
  • Aplicação de tampões e duchas vaginais;
  • Intervenção recente do colo do útero (ex.: puerpério, dispositivo intrauterino [DIU]);
  • Condições socioeconômicas desfavoráveis (pouca escolaridade, desemprego e baixa renda familiar).

Leia mais: Candidíase complicada e não complicada: pontos de atenção

 

Saiba mais sobre doença inflamatória pélvica conferindo o episódio completo deste podcast no canal oficial do Whitebook no Spotify!

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