Paciente JMB, 21 anos, desempregado, morador de Capela-AL, comparece a consulta com o médico de família da unidade básica de saúde de seu bairro. Relata durante a anamnese início de quadro de ascite, associado a dor abdominal, diarreia mucossanguinolenta intermitente e tosse seca.
Durante a conversa refere que seu lazer, desde de que perdeu o emprego, se resume a tomar banho e pescar no pequeno açude próximo de sua casa. No exame físico foi constatado hepatomegalia, além de um quadro de dermatite em MMII.
Caso clínico
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caso
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1. Pergunta
Diante do quadro clínico-epidemiológico, qual a principal hipótese diagnóstica?
Correto
A esquistossomose, também conhecida por bilhaziose, barriga d´água, ou xistose, é um dos grandes problemas de saúde pública do Brasil, causada principalmente pelo trematódeo Schistosoma mansoni. Esse parasita habita e se acasala preponderantemente nas veias do sistema porta, migrando depois para o plexo hemorroidário. Os ovos são depositados pelas fêmeas na submucosa, atingindo a luz intestinal, e então eliminados juntos às fezes.
Ao entrarem em contato com água doce, sob boas condições de temperatura e oxigenação, os ovos viáveis eclodem-se facilmente, liberando os miracídeos, os quais penetram no seu hospedeiro intermediário (caramujo do gênero Biomphalaria), onde multiplicam-se sexuadamente. Cerca de 4 semanas após a infecção do caramujo, milhares de cercárias são liberadas do molusco, onde nadam até encontrar e penetrar ativamente a pele ou mucosas do homem.
Nesse momento, as cercárias passam a ser chamadas de esquistossomos, os quais atingem a corrente circulatória, atingindo o sistema porta. Cerca de 1 mês depois, acasalam-se e migram para o plexo hemorroidário, fechando o ciclo evolutivo.
Sintomatologia e patogenia:
Uma reação alérgica conhecida como “dermatite cercariana” pode ocorrer em virtude da penetração das cercarias pela pele;
A passagem dos esquistossomos pela circulação pulmonar é capaz de levar a quadros de pneumopatias;
Uma condição semelhante à doença do soro pode advir no início da ovoposição, conhecida como esquistossomose aguda ou febre de Katayama;
O próprio verme adulto leva a obstrução de vasos e flebite;
Complicações da esquistossomose crônica decorrem do reparo tecidual que advém da deposição maciça e continuada dos ovos em várias partes do organismo (intestino, bexiga, fígado, pulmão, sistema nervoso central). A formação de granulomas em torno dos ovos resulta em fibrose.
Incorreto
A esquistossomose, também conhecida por bilhaziose, barriga d´água, ou xistose, é um dos grandes problemas de saúde pública do Brasil, causada principalmente pelo trematódeo Schistosoma mansoni. Esse parasita habita e se acasala preponderantemente nas veias do sistema porta, migrando depois para o plexo hemorroidário. Os ovos são depositados pelas fêmeas na submucosa, atingindo a luz intestinal, e então eliminados juntos às fezes.
Ao entrarem em contato com água doce, sob boas condições de temperatura e oxigenação, os ovos viáveis eclodem-se facilmente, liberando os miracídeos, os quais penetram no seu hospedeiro intermediário (caramujo do gênero Biomphalaria), onde multiplicam-se sexuadamente. Cerca de 4 semanas após a infecção do caramujo, milhares de cercárias são liberadas do molusco, onde nadam até encontrar e penetrar ativamente a pele ou mucosas do homem.
Nesse momento, as cercárias passam a ser chamadas de esquistossomos, os quais atingem a corrente circulatória, atingindo o sistema porta. Cerca de 1 mês depois, acasalam-se e migram para o plexo hemorroidário, fechando o ciclo evolutivo.
Sintomatologia e patogenia:
Uma reação alérgica conhecida como “dermatite cercariana” pode ocorrer em virtude da penetração das cercarias pela pele;
A passagem dos esquistossomos pela circulação pulmonar é capaz de levar a quadros de pneumopatias;
Uma condição semelhante à doença do soro pode advir no início da ovoposição, conhecida como esquistossomose aguda ou febre de Katayama;
O próprio verme adulto leva a obstrução de vasos e flebite;
Complicações da esquistossomose crônica decorrem do reparo tecidual que advém da deposição maciça e continuada dos ovos em várias partes do organismo (intestino, bexiga, fígado, pulmão, sistema nervoso central). A formação de granulomas em torno dos ovos resulta em fibrose.
Pergunta 2 de 2
2. Pergunta
Para o diagnóstico pelo exame parasitológico de fezes, qual seria o método quantitativo de escolha a ser solicitado?
Correto
A demonstração dos ovos, seja nas fezes, urina ou por biópsia confirma o diagnóstico. O método de Kato-Katz é um procedimento simples e eficaz, amplamente utilizado para a determinação quantitativa do número de ovos, especialmente de Schistossoma spp. Ele utiliza fezes frescas, combinadas a alguns reagentes, em lamínulas de papel celofane. Um cartão de plástico ou papelão, com um orifício central de tamanho padronizado é usado para a multiplicação do número de ovos visualizados por um fator, para se achar o número de ovos por grama (OPG).
Métodos imunológicos (hemaglutinação indireta, ELISA, fixação do complemento, imunofluorescência indireta, Western blot) também estão disponíveis atualmente.
Referências bibliográficas:
De Carli, GA. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu; 2001.
Henry JB. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais. 20ª ed. São Paulo: Editora Manole; 2008.
Kanaan S. Laboratório com interpretações clínicas. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2019.
Incorreto
A demonstração dos ovos, seja nas fezes, urina ou por biópsia confirma o diagnóstico. O método de Kato-Katz é um procedimento simples e eficaz, amplamente utilizado para a determinação quantitativa do número de ovos, especialmente de Schistossoma spp. Ele utiliza fezes frescas, combinadas a alguns reagentes, em lamínulas de papel celofane. Um cartão de plástico ou papelão, com um orifício central de tamanho padronizado é usado para a multiplicação do número de ovos visualizados por um fator, para se achar o número de ovos por grama (OPG).
Métodos imunológicos (hemaglutinação indireta, ELISA, fixação do complemento, imunofluorescência indireta, Western blot) também estão disponíveis atualmente.
Referências bibliográficas:
De Carli, GA. Parasitologia Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu; 2001.
Henry JB. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais. 20ª ed. São Paulo: Editora Manole; 2008.
Kanaan S. Laboratório com interpretações clínicas. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2019.
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Graduação em Medicina pela Universidade Gama Filho (UGF) • Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial pela Universidade Federal Fluminense (UFF) • Membro titular da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) • Pós-Graduado em Medicina do Trabalho pela Faculdade Souza Marques (FTESM) • Responsável Técnico do Laboratório Morales (Grupo Tommasi) • Médico Patologista Clínico do Laboratório Central do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP/UFF) • Médico do corpo clínico do Instituto Estadual de Doenças do Tórax Ary Parreiras (IETAP).