A candidíase vaginal é a segunda causa mais comum de vulvovaginite, fica atrás apenas da vaginose bacteriana. A cândida é encontrada em 10-20% das mulheres em idade reprodutiva, mas nem sempre é considerada doença. No Whitebook, você encontra tudo sobre infecções ginecológicas.
Para ser considerada recorrente, a paciente deve ter tido quatro ou mais episódios de infecção sintomática no período de um ano. O quadro geralmente é causado pela recaída de um reservatório vaginal persistente ou reinfecção endógena com cepas idênticas.
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Existem alguns pilares para tratar a candidíase recorrente. Segundo o especialista em Ginecologia e Obstetrícia e conteudista do Whitebook, Dr. João Marcelo Coluna, é preciso:
- Diagnóstico certo
- Remédio certo
- Tempo certo
Confiar só na clínica (sintomas) e, ao menor sintoma, já usar fluconazol são alguns erros apontados pelo médico que devem ser evitados.
As culturas vaginais devem ser sempre coletadas para confirmar o diagnóstico e identificar espécies menos comuns.
Na recorrência, um passo essencial é a “cultura para fungos”. Além da candidíase por Cândida albicans (imensa maioria), existem outras seis subespécies diferentes que não respondem aos imidazólicos costumeiros.
Também é importante investigar a imunidade da paciente com laboratório, complemento C3 e C4, diabetes e outras doenças imunológicas.
Para evitar erro no diagnóstico, é necessário usar exames complementares para confirmar outras doenças ou excluir a candidíase. Estudar cada caso é fundamental.
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Coautor: Dr. João Marcelo Coluna – Ginecologia e Obstetrícia
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED