No dia 8 de julho é comemorado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial da Alergia. As condições alérgicas podem levar a quadros leves, moderados e graves.
Definição
As alergias são reações comuns que aparecem em alguma época da vida, desde a faixa etária neonatal até a idade adulta. Podem causar reações locais ou sistêmicas.
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Substâncias que Podem Causar Alergias (Alérgenos):
- Grama e pólen — causa rinite alérgica (febre do feno)
- Ácaros
- Pelos de animais
- Alimentos como nozes, frutos do mar, ovos ou leite de vaca
- Picadas de animais/insetos
- Mofo
- Látex
- Produtos químicos usados em tintas de cabelo, maquiagem, desinfetantes, antissépticos
- Medicamentos como alguns antibióticos (derivados da penicilina, por exemplo), dipirona, ibuprofeno e aspirina.
Sinais e Sintomas de uma Reação Alérgica
- Espirro, tosse, coriza
- Olhos vermelhos e lacrimejantes
- Chiado e tosse
- Erupção (rash) cutânea com prurido (coceira)
- Pele descamativa/eczema
- Agudização de quadros de asma
- Choque anafilático
Pontos-Chave
- Durante a hospitalização, o enfermeiro deve lembrar de utilizar sinalizadores e interrogar o paciente sobre possíveis alergias, a fim de prevenir os riscos relacionados ao contato do paciente com possíveis alérgenos.
- Situações de pré-operatório onde o uso de antissépticos e antibiótico expõe o paciente a uma série de produtos que podem deflagrar um quadro de alergia.
- O uso de adesivos durante a hospitalização também deve ser criterioso. Alguns pacientes apresentam alergias específicas à látex , adesivos microporosos, sendo necessária a sinalização em prontuário, cabeceira , prescrição ou sinalização com uso da cor vermelha, por exemplo.
- Os “gatilhos” de alergia devem ser evitados durante a hospitalização, pois podem agravar o quadro clínico do paciente, aumentando o tempo de hospitalização.
- Outro momento importante para alta vigilância contra reações é antes e durante a administração de hemocomponentes e antimicrobianos — atentar para possíveis reações e tempo de infusão.
- Importante ressaltar que toda identificação do paciente deve ser feita em pulseira branca, com letras legíveis (tamanho 12 ou 14) e devem conter, no mínimo 2 identificadores (nome, data de nascimento, nome da mãe, número do prontuário).
Autoria:
Nathalia Schuengue
Enfermeira pediatra pelo Instituto Fernandes Figueira. Mestre em saúde da criança pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Adriana Reis
Dra e Mestre em Enfermagem. Especialista em Neonatologia, Pediatria e Gestão Hospitalar. Atua atualmente com temas Controle de Infecção e Segurança do Paciente. Docente da UERJ, IFF e convidada em outras instituições. Atua também em consultoria de Controle de Infecção, Qualidade e Segurança do Paciente.
Priscilla Paiva
Enfermeira Especialista em Controle de Infecção Hospitalar. Professora da Universidade Estácio de Sá e UFF. Enfermeira CIH do IFF/FIOCRUZ e Hospital Rio Mar Rede D’Or (HRM).