Alimentos ultraprocessados aumentam risco de mortalidade

Pesquisadores franceses investigaram se o consumo de alimentos ultraprocessados influenciaria negativamente na saúde dos indivíduos.

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São considerados alimentos ultraprocessados os insumos que passaram por diversas fases de processamento e transformação desde sua forma in natura. Por exemplo, o milho em conserva tem grau de processamento menor do que o salgadinho de milho.

Em produtos como refrigerantes, aperitivos, salgadinho, biscoitos, carnes enlatadas, macarrões instantâneos ou bolos pré-prontos, pode haver adição de inúmeros ingredientes químicos, como sal, açúcar, realçador de sabores, gorduras trans, corantes, etc; isso faz com que não só a qualidade nutritiva seja inferior, como os efeitos destes componentes no organismo sejam danosos a longo prazo.

Alimentos ultraprocessados x mortalidade

Uma pesquisa recente associou uma maior ingestão de produtos ultraprocessados ao risco de morbimortalidade. Pesquisadores franceses investigaram se o impacto de alimentos altamente industrializados influenciaria negativamente na saúde dos indivíduos. O levantamento foi realizado entre 2009 e 2015 e os resultados foram publicados em fevereiro de 2019 no periódico Jama Network.

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O estudo de coorte contou com 44 551 participantes a partir dos 45 anos (idade média 56,7 anos). O tempo de follow-up médio foi de sete anos. Ao final do tempo de estudo, o desfecho primário observado foi mortalidade por qualquer causa. Uma avaliação dietética registrada por 24 horas foi considerada como base para o cálculo do consumo padrão de comida e bebida do indivíduo.

Resultados

Ao final do estudo foram registradas 602 mortes (1,4%). Depois de ajuste para uma série de fatores, os pesquisadores chegaram à conclusão de que o aumento na proporção de consumo de produtos ultraprocessados foi associado à elevação no risco de mortalidade por todas as causas (HR por 10% de aumento, 1,14; IC 95% [1,04-1,27]; = 0,008).

A alimentação com maior proporção de ultraprocessados foi associada aos participantes mais jovens (14,50%), com menor renda (15,58%), menor nível educacional (15,50%), maior IMC (15,98%), pouca atividade física (15,56%) ou que moravam sozinho (15,02%).

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Referências:

  • Schnabel L, Kesse-Guyot E, Allès B, et al. Association Between Ultraprocessed Food Consumption and Risk of Mortality Among Middle-aged Adults in France. JAMA Intern Med. Published online February 11, 2019. doi:10.1001/jamainternmed.2018.7289

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