Anacetrapib, nova droga para reduzir LDL e aumentar HDL, mostra benefício na redução de eventos cardiovasculares

O ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, avaliou a eficácia clínica e segurança do anacetrapib por quatro anos entre mais de 30 mil pacientes com aterosclerose.

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A proteína de transferência de colesterol esterificado (do inglês Cholesteryl ester transfer protein, CETP) é uma proteína do plasma que facilita o transporte de ésteres de colesterol e triglicerídeos entre as lipoproteínas.

A inibição farmacológica da CETP pode produzir aumentos substanciais nos níveis de colesterol HDL, juntamente com reduções nos níveis de colesterol não HDL (particularmente colesterol LDL). No entanto, os estudo prévios da literatura interromperam a terapia com inibidores da CETP após aproximadamente dois anos de seguimento devido aos riscos associados à terapia ou de uma aparente falta de eficácia.

O anacetrapib é um potente inibidor da CETP e tem apresentado resultados com um perfil aceitável de eventos adversos.

O ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, denominado Randomized Evaluation of the Effects of Anacetrapib through Lipid Modification (REVEAL), avaliou a eficácia clínica e segurança do anacetrapib por aproximadamente quatro anos entre mais de 30 mil pacientes com aterosclerose preexistente.

Homens e mulheres com idade superior a 50 anos foram considerados elegíveis se tivessem história de infarto do miocárdio, aterosclerose cerebrovascular, doença arterial periférica ou diabetes com doença coronariana sintomática.

Veja também: ‘Colesterol e DAC: metas de redução do LDL e uma nova droga surgindo’

De agosto de 2011 a outubro de 2013, um total de 30.449 pacientes foram incluídos em 431 locais na Europa, América do Norte e China. Os pacientes, com média de idade de 67 anos, receberam 100 mg de anacetrapib uma vez ao dia (n=15.225 pacientes) ou placebo (n=15.224 pacientes). O desfecho primário considerado foi o primeiro evento coronariano, composto de morte coronariana, infarto do miocárdio ou revascularização coronariana.

Durante a mediana de acompanhamento de 4,1 anos, o desfecho primário ocorreu em menos pacientes do grupo anacetrapib do que do grupo placebo (10,8% versus 11,8%; razão da taxa: 0,91; intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,85 a 0,97; p=0,004).

No momento médio da avaliação, a média do nível de colesterol HDL foi maior em 43 mg/dl no grupo anacetrapib do que no grupo placebo (uma diferença relativa de 104%) e a média do nível de colesterol não-HDL foi inferior em 17 mg/dl, uma diferença relativa de -18%.

Não houve diferenças significativas entre os grupos no risco de mortalidade, câncer ou outros eventos adversos sérios.

Pode-se concluir, portanto, que entre os pacientes com aterosclerose que receberam terapia com estatina intensiva, o uso de anacetrapib resultou em menor incidência de eventos coronarianos do que o uso de placebo durante 4 anos de tratamento.

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