Anvisa aprova registro do cabotegravir

O cabotegravir é um medicamento antirretroviral injetável usado na profilaxia de pré-exposição para a prevenção do HIV.

O arsenal brasileiro de medicamentos utilizados para o tratamento do vírus HIV ganhou mais uma opção. A Anvisa aprovou o registro do cabotegravir para ser comercializado em território nacional.

O cabotegravir é um antirretroviral da classe dos inibidores de integrasse, assim como o já disponível dolutegravir. O registro foi liberado para o uso como forma de profilaxia pré-exposição (PrEP), isto é, como forma de evitar a infecção pelo HIV em indivíduos com risco de exposição.

Ouça também: Atualização no tratamento do paciente vivendo com HIV [podcast]

A PrEP tem se mostrado altamente eficaz como forma de prevenção, principalmente na população de homens que fazem sexo com homens (HSH). Contudo, essa eficácia é altamente dependente da adesão ao tratamento, que atualmente é feita com a combinação de tenofovir e entricitabina por meio do comprimido coformulado Truvada.

Anvisa aprova registro do cabotegravir

Potencial do cabotegravir

O grande diferencial do cabotegravir é seu potencial para longa ação e a possibilidade de formulação injetável. Dessa forma, pode ser aplicado por via intramuscular, com as duas primeiras injeções com um mês de intervalo e as posteriores a cada dois meses.

A eficácia do cabotegravir foi demonstrada em dois estudos principais, chamados HPTN 083 e HPTN 084, conduzidos em populações e contextos diferentes. O HPTN 083 incluiu homens gays, HSH e mulheres trans na Argentina, Brasil, Peru, Estados Unidos, África do Sul, Tailândia e Vietnã, enquanto o HPTN 084 incluiu mulheres cis entre 18 e 45 anos em Botswana, Essuatíni, Quênia, Malawi, África do Sul, Uganda e Zimbabué. Em ambos, as injeções de cabotegravir demonstraram superioridade em relação ao tenofovir/entricitabina na prevenção de infecção pelo HIV.

Para os indivíduos sob risco de infecção e que apresentam dificuldade de adesão a um regime diário, o cabotegravir é considerado uma opção atraente de prevenção. O registro na Anvisa é um dos primeiros passos para a incorporação do medicamento no Sistema Único de Saúde.

Veja mais: APS na prevenção à infecção pelo HIV [vídeo]

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