Anvisa aprova tecnologia que permite realizar exames físicos à distância

O N9 serve para a realização de exames físicos não invasivos e pode facilitar o acompanhamento de pacientes.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização de um dispositivo inédito que irá simplificar os exames físicos no país a um baixo custo.  

O aparelho N9 – produzido pela empresa israelese Nonagon – serve para a realização de exames físicos remoto não invasivo, como as consultas via telemedicina. Ele permite capturar e enviar dados diretamente do paciente ao médico, sendo de fácil utilização pelos usuários e de simples integração aos sistemas médicos e hospitalares.  

A ferramenta conta com quatro sensores, que se somam aos do celular, onde é acoplada para avaliar nove parâmetros corporais, como temperatura, frequência cardíaca e oxigenação.  

“A precisão do aparelho foi confirmada por uma série de estudos, e a ideia é que ele auxilie em situações como a triagem de pessoas em prontos-socorros e no acompanhamento a distância de pacientes, como aqueles em cuidado domiciliar”, contou a CEO da Eizik, Tamires Poleti, que vende o produto no Brasil, em entrevista ao Olhar Digital.  

Amplamente comercializado em Israel, nos Estados Unidos e em diversos países da Europa, o aparelho está sendo disponibilizado no Brasil pela Eizik através de um plano de assinatura mensal exclusivamente para médicos.  

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Anvisa aprova tecnologia que permite realizar exames físicos à distância

Como o N9 funciona?  

Com um aplicativo de smartphone (iOS e Android) conectado a ele, o N9 possibilita aferições e registro automático de dados na nuvem de nove exames físicos: estetoscópio, otoscópio, oxímetro, termômetro IV, além de exames de boca, garganta e pele, quando acoplado à câmera do smartphone.  

Para os médicos, o N9 pode ajudar no processo diagnóstico e na tomada de decisões terapêuticas, com base em dados de exames físicos objetivos e precisos realizados de maneira remota, seja no primeiro contato, no retorno clínico, no acompanhamento pós-operatório ou em qualquer teleatendimento. A assinatura mensal por equipamento custa em torno de R$ 450. 

“Em países como Israel e Estados Unidos, por exemplo, a cultura da telemedicina é mais avançada, e por isso o produto acaba sendo vendido para o usuário final. No Brasil, como a telemedicina ainda está em processo de evolução, o equipamento está sendo oferecido para os prestadores de serviço na saúde como as operadoras e plataformas de telemedicina. Um exemplo de uso é quando o paciente está em um pós-operatório e o médico pode fornecer o equipamento para acompanhamento à distância da evolução do estado de saúde deste paciente”, esclareceu Tamires Poleti. 

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Para aqueles preocupados com seus dados, o N9 pontua que o dispositivo possui uma arquitetura de sistema que garante interoperabilidade com qualquer software proprietário, em anuência às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).  

“Todas as informações pessoais, com resultados de exames e correspondências com o médico, são criptografadas e armazenadas em um sistema baseado em nuvem e compatível com a Health Insurance Portability and Accountability Act-HIPAA – lei de portabilidade e responsabilidade de provedores de saúde. O acesso às informações de saúde é restrito e somente pode ser compartilhado a critério do paciente”, concluiu Tamires Poleti. 

Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED. 

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • https://www.upquery.com/noticias/anvisa-aprova-a-venda-de-dispositivo-que-permite-realizacao-de-exames-por-celular/