As infecções fúngicas causadoras de alta mortalidade e maiores custos hospitalares

Pacientes acometidos por infecções fúngicas costumam apresentar uma gama variada de manifestações clínicas.

Este conteúdo foi produzido pela PEBMED em parceria com Pfizer de acordo com a Política Editorial e de Publicidade do Portal PEBMED.

Os pacientes acometidos por infecções fúngicas costumam apresentar uma gama variada de manifestações clínicas, representando um desafio do ponto de vista diagnóstico e terapêutico. Nos últimos anos, percebemos um aumento do número de indivíduos em risco para desenvolver esse tipo de doença (aumento do número de paciente admitidos em terapia intensiva, pacientes com neoplasias e transplantados)1. Ainda assim, os sistemas de saúde público e privado negligenciam esse diagnóstico, fazendo com que muitas vezes esse paciente necessite de internação hospitalar pelo já avançado acometimento clínico1,2.

Um exemplo disso é o fato de o Brasil, um país continental e com uma população que excede 200 milhões, o 9 em infecções fúngicas no mundo, não ter em sua lista de doenças de notificação compulsória agravos não endêmicos desse tipo. Segundo o relatório Brasil Amanhã, publicado pela Fiocruz em 2019, estima-se que 3,8 milhões de brasileiros estejam acometidos por alguma doença fúngica grave e a falta de dados epidemiológicos fidedignos dificulta a melhor condução das políticas de saúde2.

Um estudo multicêntrico italiano mostrou que em pacientes internados em UTI com candidíase invasiva, a mortalidade bruta em 30 dias pode chegar a 62,4%3. Dados pediátricos revelam que a candidíase invasiva em crianças pode ter mortalidade de até 51%6. Outra análise evidenciou que a aspergilose invasiva, infecção mais comum causada por fungo filamentoso, tem taxa de mortalidade superior a 80%4 e é uma das doenças não diagnosticadas mais identificadas em autópsias5. Dessa forma, as infecções fúngicas podem ser fatais e o diagnóstico e tratamento precoces podem mudar o desfecho clínico7.

Além de serem claramente impactantes para a saúde por impedirem o desempenho de funções profissionais, integração social e estarem associadas a altos índices de mortalidade2, as infecções fúngicas também representam um sério impacto econômico para os sistemas de saúde público e privado. Infecções por Candida spp. e Aspergillus spp. representam 57% dos custos com hospitalizações por infecções fúngicas e os maiores custos totais entre todas as doenças8. Assim, mais uma vez percebe-se a importância da suspeita clínica, diagnóstico precoce e, consequentemente, tratamento adequado7.

Os métodos diagnósticos atuais (sorologia, cultura e histopatologia), para a maior parte das infecções fúngicas, não têm boa sensibilidade e especificidade, além de muitas vezes requererem procedimentos invasivos, o que, no caso do paciente em terapia intensiva, pode ser difícil1,3. Então, outras medidas de suma importância para melhorar o desfecho clínico quando se trata desse tipo de infecção seriam políticas públicas específicas que incorporassem estratégias para diagnóstico precoce, assim como treinamento da equipe médica em prevenção e tratamento das infecções fúngicas1,2.

Pensando nisso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)9 criou a Semana da Conscientização sobre Doenças Fúngicas que, nesse ano, acontece entre os dias 19 e 23 de Setembro e tem como objetivo sensibilizar os profissionais de saúde sobre a importância e atenção quanto a esse tema.

Acesse o nosso site para obter mais informações sobre essas doenças. Infecções fúngicas. Difíceis de diagnosticar, fáceis de subestimar.

#ThinkFungusSaveLives

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • 1 GIACOMAZZI, J. et al. The burden of serious human fungal infections in Brazil.Mycoses, v. 59, n. 3, p. 145–150, 1 mar. 2016.
  • 2 Rodrigues, Marcio L. Negligenciadas entre as negligenciadas: perspectiva de prevenção, controle e diagnóstico de doenças causadas por fungos –Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2019.
  • 3 TORTORANO, A. M. et al. Invasive fungal infections in the intensive care unit: a multicentre, prospective, observational study in Italy (2006-2008).Mycoses, v. 55, n. 1, p. 73–79, 12 jun. 2011.
  • 4 BONGOMIN, F. et al. Global and Multi-National Prevalence of Fungal Diseases—Estimate Precision.Journal of Fungi, v. 3, n. 4, p. 57, 18 out. 2017.
  • 5 TEJERINA, E. E. et al. Invasive aspergillosis in critically ill patients: An autopsy study.Mycoses, v. 62, n. 8, p. 673–679, 9 jun. 2019.
  • 6 BLOT, S. I. et al. Effects of nosocomial candidemia on outcomes of critically ill patients.The American Journal of Medicine, v. 113, n. 6, p. 480–485, 15 out. 2002.
  • 7 RUHNKE, M. et al. Diagnosis of invasive fungal diseases in haematology and oncology: 2018 update of the recommendations of the infectious diseases working party of the German society for hematology and medical oncology (AGIHO).Mycoses, v. 61, n. 11, p. 796–813, 3 set. 2018.
  • 8 BENEDICT, K. et al. Estimation of Direct Healthcare Costs of Fungal Diseases in the United States.Clinical Infectious Diseases, 10 set. 2018.
  • 9 https://www.cdc.gov/fungal/awareness-week.html