Confira a parte I deste caso clínico.
Após um mês iniciado o PrEP, M. retornou à Unidade de Saúde da Família (USF) para acompanhamento, conforme orientado pela sua equipe. No consultório informou que apresentou náuseas e cefaleia frequentes nas últimas semanas e se automedicou com dipirona 500mg. Relatou que, apesar das queixas, não deixou de tomar o PrEP nenhum dia e que não apresentou vômito. Mostrou-se preocupada pois vem se alimentando menos, com receio de fazer o tratamento inadequado e, devido a ansiedade frequente, sua menstruação está irregular.
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1. Pergunta
Quais as condutas e orientações para esse caso?
Correto
Resposta: d
A prescrição do PrEP para casais sorodiscordantes, que desejam engravidar, deve levar em consideração que o parceiro precisa ter carga viral indetectável há pelo menos seis meses, bem como a inexistência de outras IST’s e múltiplos parceiros. Nesse sentido, não há contraindicação de contracepção e da prescrição do PrEP, que será: um comprimido por dia de fumarato de tenofovir desoproxila (TDF) 300mg + entricitabina (FTC) 200mg em uso contínuo. Outras grupos que possuem indicação para o uso do PrEP são: gays, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas trans e trabalhadores do sexo. Todos os grupos com indicação devem, antes de iniciar a medicação, ter realizado teste de HIV e não estarem infectados com o vírus.
A pessoa em uso de PrEP deve ser acompanhada trimestralmente, entretanto no início do tratamento é indicado o retorno após 30 dias. Durante a consulta é importante avaliar a adesão ao tratamento, verificar e informar sobre os efeitos adversos e sobre as medicações que podem ser usadas concomitantes. Cabe ao profissional que realiza a consulta a avaliação clínica e laboratorial, incluindo os testes rápidos de sífilis, hepatites e HIV, bem como função renal e hepática e o TIG. Também é importante a avaliação do histórico vacinal, incluindo a hepatite B.
Sabe-se que o risco de aquisição do HIV aumenta durante a gestação, assim como também é maior o risco de transmissão vertical do HIV quando a gestante é infectada durante a gravidez ou aleitamento. Estudos demonstram que mulheres HIV negativas, com desejo de engravidar de parceiro soropositivo ou com frequentes situações de potencial exposição ao HIV, podem se beneficiar do uso de PrEP de forma segura, ao longo da gravidez e amamentação, para se proteger e proteger o bebê.
Referências bibliográficas:
- Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Brasília, 2019.
- Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de Risco à Infecção pelo HIV. Brasília, 2018.
- Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de Risco à Infecção pelo HIV, IST e Hepatites Virais. Brasília, 2019.
- Mofenson, L. et al. Tenofovir Disoproxil Fumarate Safety for Women and Their Infants During Pregnancy and Breastfeeding. AIDS, [S.l.], v. 31, n. 2, p. 213-232, 2017.
Incorreto
Resposta: d
A prescrição do PrEP para casais sorodiscordantes, que desejam engravidar, deve levar em consideração que o parceiro precisa ter carga viral indetectável há pelo menos seis meses, bem como a inexistência de outras IST’s e múltiplos parceiros. Nesse sentido, não há contraindicação de contracepção e da prescrição do PrEP, que será: um comprimido por dia de fumarato de tenofovir desoproxila (TDF) 300mg + entricitabina (FTC) 200mg em uso contínuo. Outras grupos que possuem indicação para o uso do PrEP são: gays, homens que fazem sexo com outros homens, pessoas trans e trabalhadores do sexo. Todos os grupos com indicação devem, antes de iniciar a medicação, ter realizado teste de HIV e não estarem infectados com o vírus.
A pessoa em uso de PrEP deve ser acompanhada trimestralmente, entretanto no início do tratamento é indicado o retorno após 30 dias. Durante a consulta é importante avaliar a adesão ao tratamento, verificar e informar sobre os efeitos adversos e sobre as medicações que podem ser usadas concomitantes. Cabe ao profissional que realiza a consulta a avaliação clínica e laboratorial, incluindo os testes rápidos de sífilis, hepatites e HIV, bem como função renal e hepática e o TIG. Também é importante a avaliação do histórico vacinal, incluindo a hepatite B.
Sabe-se que o risco de aquisição do HIV aumenta durante a gestação, assim como também é maior o risco de transmissão vertical do HIV quando a gestante é infectada durante a gravidez ou aleitamento. Estudos demonstram que mulheres HIV negativas, com desejo de engravidar de parceiro soropositivo ou com frequentes situações de potencial exposição ao HIV, podem se beneficiar do uso de PrEP de forma segura, ao longo da gravidez e amamentação, para se proteger e proteger o bebê.
Referências bibliográficas:
- Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Brasília, 2019.
- Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de Risco à Infecção pelo HIV. Brasília, 2018.
- Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de Risco à Infecção pelo HIV, IST e Hepatites Virais. Brasília, 2019.
- Mofenson, L. et al. Tenofovir Disoproxil Fumarate Safety for Women and Their Infants During Pregnancy and Breastfeeding. AIDS, [S.l.], v. 31, n. 2, p. 213-232, 2017.
Autores:
- Renato Bergallo. Graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF) ⦁ Residência em Medicina de Família e Comunidade pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em Administração em Saúde (UERJ) ⦁ Mestre em Saúde da Família (UFF) ⦁ Doutorando em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) ⦁ Professor da disciplina de Saúde da Família e gerente do Centro de Saúde Escola Lapa da Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
- Mariana Marins. Enfermeira, especialista em saúde da família. Mestre em educação pela Universidade Federal Fluminense. Experiência na gestão de unidade básica de saúde no Município do Rio de Janeiro e atualmente Gestora em Saúde no Município de Maricá.