Caso clínico: paciente apresenta epistaxe, febre vespertina e emagrecimento
Paciente do sexo masculino, 55 anos, natural do Rio de Janeiro, procurou um serviço de emergência com aumento do volume abdominal, epistaxe, febre vespertina e emagrecimento (10 kg em 2 meses).
Paciente do sexo masculino, 55 anos, natural do Rio de Janeiro, procurou um serviço de emergência com aumento do volume abdominal, epistaxe, febre vespertina e emagrecimento (10 kg em 2 meses). Não há outros dados relevantes na história pregressa.
No exame físico, apresenta esplenomegalia volumosa (baço palpável a 11 cm do rebordo costal) e indolor, diversas petéquias em membros inferiores; ausência de linfonodomegalia, hepatomegalia e icterícia.
O hemograma revela pancitopenia grave (Hb: 9.4 g/dl, plaquetas: 32000/mm³ e leucometria 1700 cél/mm³), com linfocitose relativa (67%) e monocitopenia (6%). Sorologias para hepatite, HIV I e II, HTLV e VDRL negativas.
Foi solicitada USG abdominal, que mostrou baço com volume aumentado e ecotextura homogênea, medindo cerca de 19 cm em seu maior eixo, sem outras alterações.
Caso clínico
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2
3
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Paciente do sexo masculino, 55 anos, natural do Rio de Janeiro, procurou um serviço de emergência com aumento do volume abdominal, epistaxe, febre vespertina e emagrecimento (10 kg em 2 meses). Não há outros dados relevantes na história pregressa.
No exame físico, apresenta esplenomegalia volumosa (baço palpável a 11 cm do rebordo costal) e indolor, diversas petéquias em membros inferiores; ausência de linfonodomegalia, hepatomegalia e icterícia.
O hemograma revela pancitopenia grave (Hb: 9.4 g/dl, plaquetas: 32000/mm³ e leucometria 1700 cél/mm³), com linfocitose relativa (67%) e monocitopenia (6%). Sorologias para hepatite, HIV I e II, HTLV e VDRL negativas.
Foi solicitada USG abdominal, que mostrou baço com volume aumentado e ecotextura homogênea, medindo cerca de 19 cm em seu maior eixo, sem outras alterações.
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Pergunta 1 de 3
1. Pergunta
Qual o exame mais apropriado para o diagnóstico do caso?
Correto
Há quatro grupos principais de causas de esplenomegalia: congestiva, infiltrativa, reacional e hematológica. A ausência de sinais de hipertensão porta no exame físico e USG combinado com achados hematológicos desproporcionais ao hiperesplenismo esperado torna as doenças hematológicas nossa principal hipótese diagnóstica. Desse modo, a biópsia de medula óssea se torna necessária para a investigação do caso.
Incorreto
Há quatro grupos principais de causas de esplenomegalia: congestiva, infiltrativa, reacional e hematológica. A ausência de sinais de hipertensão porta no exame físico e USG combinado com achados hematológicos desproporcionais ao hiperesplenismo esperado torna as doenças hematológicas nossa principal hipótese diagnóstica. Desse modo, a biópsia de medula óssea se torna necessária para a investigação do caso.
Pergunta 2 de 3
2. Pergunta
Foram realizados aspirado e biópsia de medula óssea, além de análise do sangue periférico. Foram observadas células com abundantes projeções citoplasmáticas irregulares simulando pelos.
Qual o provável diagnóstico?
Correto
É uma causa de baço de grande monta, e que caracteristicamente cursa com pancitopenia + linfocitose relativa + monocitopenia. O achado de linfócitos com proeminências que parecem pelos também fala a favor deste diagnóstico – hairy cell.
Não pode ser:
Calazar/Leishmaniose visceral – Não há história de viagem à área endêmica da doença (houve raros casos no RJ nos últimos anos), além de não haver linfadenopatia generalizada e hepatomegalia, achados comuns na leishmaniose.
Leucemia linfocítica crônica – Se fosse LLC, haveria leucocitose com linfocitose importante (não apenas relativa) e linfoadenomegalia (achado comum no exame físico da LLC).
Anemia aplásica – Apesar desta doença ser um importante diagnóstico diferencial para o caso em questão por cursar também com pancitopenia, a presença de esplenomegalia é incomum na anemia aplásica. Outro aspecto é que esta é uma doença que ocorre, comumente, em pacientes mais jovens. Além disso, o resultado da análise de medula óssea da anemia aplásica demonstraria hipocelularidade, ou seja, diminuição (menos de 30%) ou ausência de células precursoras, sem invasão medular de células malignas ou fibrose.
Incorreto
É uma causa de baço de grande monta, e que caracteristicamente cursa com pancitopenia + linfocitose relativa + monocitopenia. O achado de linfócitos com proeminências que parecem pelos também fala a favor deste diagnóstico – hairy cell.
Não pode ser:
Calazar/Leishmaniose visceral – Não há história de viagem à área endêmica da doença (houve raros casos no RJ nos últimos anos), além de não haver linfadenopatia generalizada e hepatomegalia, achados comuns na leishmaniose.
Leucemia linfocítica crônica – Se fosse LLC, haveria leucocitose com linfocitose importante (não apenas relativa) e linfoadenomegalia (achado comum no exame físico da LLC).
Anemia aplásica – Apesar desta doença ser um importante diagnóstico diferencial para o caso em questão por cursar também com pancitopenia, a presença de esplenomegalia é incomum na anemia aplásica. Outro aspecto é que esta é uma doença que ocorre, comumente, em pacientes mais jovens. Além disso, o resultado da análise de medula óssea da anemia aplásica demonstraria hipocelularidade, ou seja, diminuição (menos de 30%) ou ausência de células precursoras, sem invasão medular de células malignas ou fibrose.
Pergunta 3 de 3
3. Pergunta
Para confirmar o diagnóstico de leucemia de células pilosas, foi realizado mais um exame. Qual foi, provavelmente, o teste confirmatório?
Correto
Após a análise do material da biópsia de medula óssea, a imunofenotipagem com positividade para marcadores de células B, como o CD11c, CD22 e o CD20, confirma o diagnóstico de tricoleucemia.
Incorreto
Após a análise do material da biópsia de medula óssea, a imunofenotipagem com positividade para marcadores de células B, como o CD11c, CD22 e o CD20, confirma o diagnóstico de tricoleucemia.
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Acadêmica de Medicina na Universidade Federal Fluminense ⦁ Membro da liga de Nefrologia da UFF ⦁ Iniciação científica na área de Infecções do Trato urinário
Olá, Carla. As doenças hematológicas são sim a principal hipótese diagnóstica, sendo necessário prosseguir com a investigação para fechar o diagnóstico.
Nesse caso qual seria a hipótese diagnóstica principal? Leucemia?
Olá, Carla. As doenças hematológicas são sim a principal hipótese diagnóstica, sendo necessário prosseguir com a investigação para fechar o diagnóstico.