Caso clínico: paciente de 5 anos com otalgia e edema cervical
Paciente masculino, 5 anos,há 5 dias iniciou um quadro de prostração, otalgia e edema cervical à esquerda, precedido por 3 dias de febre e mal estar.
Paciente masculino, 5 anos, deu entrada no serviço de Pediatria com queixa de “inchaço no pescoço e dor de ouvido”. Há 5 dias iniciou um quadro de prostração, otalgia e edema cervical à esquerda, precedido por 3 dias de febre e mal estar. Quadro ocorrido anteriormente, há cerca de 6 e 3 meses sucessivamente, de acometimento uni ou bilateral.
Sendo tratado com AINE por cerca de 10 dias, com resolução completa dos sintomas. Exame físico inocente, exceto por dor à palpação da região parotídea esquerda, duro-elástica, edemaciada, de limites bem definidos. A otoscopia revela canal auditivo esquerdo avermelhado, com membrana timpânica acinzentada e brilhosa. A mãe do paciente nega quaisquer comorbidades. Carteira de vacinação completa para a idade.
Exames complementares revelaram leucocitose com desvio à esquerda; marcadores inflamatórios e amilase sérica elevados, além de sorologias para HIV, HCV e Sífilis negativas. USG de parótidas prévia: parótidas com textura heterogênea, com áreas nodulares hipoecogênicas. Aspecto de processo inflamatório crônico. Dois linfonodos cervicais anteriores.
Paciente masculino, 5 anos, deu entrada no serviço de Pediatria com queixa de “inchaço no pescoço e dor de ouvido”. Há 5 dias iniciou um quadro de prostração, otalgia e edema cervical à esquerda, precedido por 3 dias de febre e mal estar.
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Pergunta 1 de 3
1. Pergunta
Qual a principal hipótese diagnóstica?
Correto
A resposta correta é “Parotidite recorrente idiopática da infância”. Esse diagnóstico clínico é caracterizado por episódios de tumefação e dor parotídea, uni ou bilateral, acompanhada por febre e mal-estar, com duração de 2 a 14 dias. Em geral, acontecem 3-4 episódios/ano.
Podemos descartar “Parotidite infecciosa (Caxumba) recorrente”, porque após o primeiro caso, o indivíduo permanece imune. Além disso, ele foi vacinado previamente e as sorologias para outras doenças foram negativas. Há resolução total do quadro em menos de duas semanas, por isso, podemos excluir também “Neoplasia parenquimatosa”. No caso da “Litíase”, não foi evidenciado nenhum indício de Litíase pela USG. Porém, pode ser válido realizar uma Sialografia. Por fim, descarta-se a opção “Doença autoimune (Sd. de Sjögren, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Sarcoidose)” porque não há nenhuma outra manifestação destas doenças.
Incorreto
A resposta correta é “Parotidite recorrente idiopática da infância”. Esse diagnóstico clínico é caracterizado por episódios de tumefação e dor parotídea, uni ou bilateral, acompanhada por febre e mal-estar, com duração de 2 a 14 dias. Em geral, acontecem 3-4 episódios/ano.
Podemos descartar “Parotidite infecciosa (Caxumba) recorrente”, porque após o primeiro caso, o indivíduo permanece imune. Além disso, ele foi vacinado previamente e as sorologias para outras doenças foram negativas. Há resolução total do quadro em menos de duas semanas, por isso, podemos excluir também “Neoplasia parenquimatosa”. No caso da “Litíase”, não foi evidenciado nenhum indício de Litíase pela USG. Porém, pode ser válido realizar uma Sialografia. Por fim, descarta-se a opção “Doença autoimune (Sd. de Sjögren, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Sarcoidose)” porque não há nenhuma outra manifestação destas doenças.
Pergunta 2 de 3
2. Pergunta
Qual informação abaixo é mais relevante para fechar esse diagnóstico?
Correto
O fato do quadro acontecer 3 vezes, em intervalos semelhantes e resolução completa após 10 dias é a resposta correta, esses são os critérios diagnósticos da PRI.
Podemos descartar os exames complementares, pois as janelas imunológicas para Sífilis, HIV e HCV são de menos de 2 meses, de 1 até 4 meses e de até 6 meses, respectivamente. Logo, tais exames estão fora da janela imunológica. Por fim, embora a USG seja importante para confirmação da PRI e descartar outras causas, é um exame complementar e sua importância é secundária à clínica.
Incorreto
O fato do quadro acontecer 3 vezes, em intervalos semelhantes e resolução completa após 10 dias é a resposta correta, esses são os critérios diagnósticos da PRI.
Podemos descartar os exames complementares, pois as janelas imunológicas para Sífilis, HIV e HCV são de menos de 2 meses, de 1 até 4 meses e de até 6 meses, respectivamente. Logo, tais exames estão fora da janela imunológica. Por fim, embora a USG seja importante para confirmação da PRI e descartar outras causas, é um exame complementar e sua importância é secundária à clínica.
Pergunta 3 de 3
3. Pergunta
Qual o tratamento?
Correto
AINE, aplicação de calor e massagem local é a opção correta. Não há tratamento preventivo ou específico. Apenas medidas conservadoras, como analgésicos e antiinflamatórios, aplicação de calor e massagem local. Habitualmente há remissão a partir da puberdade (persiste na vida adulta em 10-20% dos casos).
A remoção cirúrgica das parótidas deve ser considerar em caso de neoplasia; já a Litotripsia extracorpórea em caso de Litíase. Podemos descartar a opção de corticoterapia, pois não há indicação para casos de PRI.
Incorreto
AINE, aplicação de calor e massagem local é a opção correta. Não há tratamento preventivo ou específico. Apenas medidas conservadoras, como analgésicos e antiinflamatórios, aplicação de calor e massagem local. Habitualmente há remissão a partir da puberdade (persiste na vida adulta em 10-20% dos casos).
A remoção cirúrgica das parótidas deve ser considerar em caso de neoplasia; já a Litotripsia extracorpórea em caso de Litíase. Podemos descartar a opção de corticoterapia, pois não há indicação para casos de PRI.
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Acadêmico de Medicina - 9º Período da Universidade Federal Fluminense ⦁
Membro da equipe de Conteúdo da PEBMED ⦁ Diretor da Liga de Radiologia da Universidade Federal Fluminense