No dia 5 de fevereiro de 2022, especialistas americanos expressaram sua posição em aumentar o tempo entre as doses de vacina de mRNA contra covid-19, com o intuito de reduzir o risco de miocardite e melhorar a eficácia. No entanto, nenhuma decisão final foi tomada.
A discussão surgiu após um anúncio de mudanças nos intervalos vacinais para adolescentes e adultos imunocomprometidos. O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) também recomendou o uso da vacina contra covid-19 da Moderna para todos dessa população.
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Alterações no intervalo vacinal
As autoridades federais continuaram a monitorar de perto os casos de miocardite após a vacinação, que foram observados, principalmente, em adolescentes e adultos jovens do sexo masculino após uma segunda dose de vacina de mRNA.
Os dados mais recentes do Vaccine Safety Datalink descobriram que, entre pacientes de 18 a 39 anos, há cerca de 22 casos de miocardite ou pericardite por milhão de doses de Pfizer-BioNTech e 31 casos por milhão de segundas doses de Moderna quando comparado a um grupo semelhante.
Autoridades de saúde do Canadá apresentaram dados ao CDC mostrando que aumentar o tempo entre a primeira e a segunda dose das vacinas reduz o risco de miocardite (vale lembrar que, atualmente, o intervalo é de três semanas para Pfizer-BioNTech e quatro semanas para Moderna.)
Dados do Canadá e da Inglaterra também mostram que um intervalo mais longo foi associado ao aumento da eficácia da vacina e das respostas de anticorpos. Benefícios de segurança e eficácia parecem ser maiores em cerca de oito semanas. Esse é o tempo apoiado pelos membros da CDC.
As autoridades federais continuarão analisando como e quando alterar o intervalo entre as doses da vacina e quais faixas etárias seriam afetadas pela mudança.
Referências bibliográficas:
- American Academy of Pediatrics. CDC panel supports longer interval between mRNA. 2022. Disponível em: https://publications.aap.org/aapnews/news/19540/CDC-panel-supports-longer-interval-between-mRNA. Acesso em 09/02/2022