Como eu trato? Curso de atualização em condutas pediátricas em Cardiologia

Meu objetivo é dividir com vocês os conteúdos e novidades do simpósio intitulado “Como eu trato?”. Vamos continuar nosso especial com Cardiologia.

O simpósio “Como eu trato?”, realizado na UFRJ em julho, pelo departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina, trouxe diversos palestrantes para falar sobre as subespecialidades pediátricas e apresentar quadros clínicos, passando a abordagem prática.

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Já falamos sobre os casos apresentados de Alergia/Imunologia, Dermatologia, Gastroenterologia, Infectologia, Reumatologia, Genética e Pneumologia, vamos continuar nosso especial com Cardiologia.

  • 1º quadro clínico

O primeiro quadro clínico foi de uma criança que estava com taquicardia supraventricular confirmada por eletrocardiograma com ausência de onda P, QRS alargado, bloqueio de ramo direito e espessamento de onda R.

A discussão ficou na abordagem que depende se o paciente tem comprometimento hemodinâmico ou não, caso tenha devemos optar pela cardioversão elétrica, caso não tenha podemos fazer a cardioversão química(Adenosina 50 mcg/kg/iv in bolus com acesso preferencialmente em membro superior ou jugular).

Após a cardioversão, para manter o ritmo sinusal prescrever beta bloqueador(Propafenona 150-300mg/m2/dia), solicitar ecocardiograma e deixar em observação por 24 horas. No final foram apresentadas as principais característica da taquicardia supraventricular:

1 – É dividida em 3 principais categorias, reentrada com via acessória(wolff parkinson white), reentrada sem via acessória e ectópicas ou automáticas
2 – O início e o término são abruptos
3 – FC> 180 bpm podendo chega a 240-300 bpm
4 – ECG intervalo PR curto, lentificação do ramo ascendente do QRS, onda delta
5 – Associação com Ebstein e cardiomiopatia hipertrófica

  • 2º quadro clínico

O segundo quadro clínico foi de um lactente pequeno com sopro cardíaco sistólico +2/+6 irradiando para o dorso com pulsos femorais palpáveis e Ecg normal. O diagnóstico feito pelo ecocardiograma foi de estenose relativa de ramos pulmonares e foi lembrado nesse momento a importância de realizar ecocardiograma em toda criança até um ano de idade com história de sopro cardíaco. Como características da doença ressaltaram:

1 – É considerado um sopro inocente e funcional
2 – É mais frequente em RN, principalmente PT e PIG
3 – Necessita apenas de acompanhamento ambulatorial de rotina e o ecocardiograma só deverá ser repetido em 6 meses
4 – Os pais deverão ser orientados corretamente da benignidade do quadro
5 – O sopro é sistólico melhor audível em borda esternal, de baixa intensidade, irradiado para axilas e dorso
6 – Faz importante diagnóstico diferencial com outras cardiopatias da mesma faixa etária por essa razão deve ser encaminhado para avaliação do especialista

Amanhã continuaremos com nosso especial, mostrando os quadros clínicos apresentados para Neurologia.

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