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Mais importante do que o diagnóstico do indivíduo com hipertensão é a avaliação dos seus riscos para a sua saúde. No âmbito da saúde pública, além de todos os critérios de avaliação, as Unidades Básicas devem oferecer um ambiente apropriado para receber os pacientes hipertensos. Esse ambiente deve ser o mais tranquilo e confortável possível para que o paciente se sinta bem e o enfermeiro possa realizar a avaliação com serenidade e atenção.
O cuidado ao paciente hipertenso também é realizado em hospitais, com o profissional de enfermagem tendo o contato quase direto com este paciente, tanto nos momentos de internação, como nos casos da realização dos procedimentos eletivos, como cirurgias e/ou exames diagnósticos.
Principais cuidados de enfermagem ao paciente hipertenso
– Monitorização da Pressão Arterial: a monitorização da pressão arterial em pacientes hipertensos deve ser realizada em intervalos rotineiros e frequentes. Este monitoramento deve ser feito em intervalos menores em pacientes que fazem uso endovenoso de medicação anti-hipertensiva, além de gestantes, emergências hipertensivas e pré-operatórios;
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– Monitorização dos Sinais e Sintomas: o enfermeiro deve perceber sinais e/ou sintomas que possam indicar lesão em outros órgãos, como perguntar ao paciente sobre o aparecimento de sangramentos nasais, dor anginosa, falta de ar, alterações na visão, vertigens, dores de cabeça ou nictúria (volume de secreção urinária noturna maior do que o diurno);
– Monitorização dos pulsos: ao realizar o monitoramento da pressão arterial do paciente, o enfermeiro deve também verificar os pulsos apical e periférico (frequência, ritmo e características) para detectar possíveis efeitos da hipertensão sobre o coração e vasos periféricos;
– Educação do paciente para o autocuidado: o objetivo do tratamento da hipertensão é a manutenção de uma pressão arterial adequada que não cause danos para o paciente. O tratamento inclui ações de mudança nos estilos de vida e a prescrição de medicamentos;
– Monitorização no uso de medicamentos: nos programas de saúde pública de atenção a pacientes hipertensos, as medicações protocoladas são distribuídas gratuitamente para quem faz uso contínuo. O profissional de enfermagem realiza juntamente com o farmacêutico o controle adequado dos remédios distribuídos. Outra questão é o aparecimento de sinais ou sintomas que podem estar associados ao uso da medicação anti-hipertensiva, como por exemplo, tonteira ao ficar em pé. Todas essas informações devem sempre ficar registradas;
– Monitorização das complicações potenciais: a elevação prolongada da pressão arterial afeta os vasos sanguíneos, principalmente o coração, os rins, o cérebro e os olhos, além de provocar o espessamento e a perda de elasticidade das paredes arteriais, com o aumento da resistência vascular periférica nos vasos acometidos. As principais consequências da hipertensão descontrolada prolongada são: infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e renal, acidentes vasculares cerebrais e visão prejudicada.
Neste contexto, a realização do exame ocular para verificar a presença de alguma lesão vascular na retina é muito importante, pois indica alteração similar em outro local do sistema vascular. O coração, o sistema nervoso e os rins também devem ser avaliados;
– Verificação do peso e altura: importante mensuração que a enfermagem contribui realizando para verificar o IMC do paciente e, assim, acompanhar o seu ganho ou perda de massa;
– Cuidados Hospitalares: é importante que ao paciente hospitalizado seja realizado o questionamento sobre a medicação domiciliar de uso contínuo ou não no momento da internação, antes da realização de exames diagnósticos, incluindo os contrastados, e antes da realização de intervenções cirúrgicas.
*Esse artigo foi revisado pelo time de Enfermagem da PEBMED.
Referências: