Dengue: Número de casos de janeiro a abril já supera o de 2021 inteiro

O número de casos de dengue em 2022 já superou o registrado no ano passado inteiro, que foram 544 mil casos prováveis da doença.

Do início de janeiro até 30 de abril foram contabilizados 654.800 mil casos prováveis de dengue (taxa de incidência de 307 casos por 100 mil hab.) no Brasil. Esse número já superou o registrado no ano passado inteiro, quando foram notificados 544 mil casos prováveis da doença.

Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, a região Centro-Oeste, que normalmente sofre mais com a dengue, teve crescimento de 272% nos casos na comparação com o mesmo período de 2021. Em seguida, vem a região Sul, onde a incidência sempre foi menor, mas atualmente registra crescimento de 263% nos casos.

Em números, a região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue no país, com 1.054,6 casos/100 mil hab., seguida pelo Sul (539,5 casos/100 mil hab.), Sudeste (234,3 casos/100 mil hab.), Norte (168,3 casos/100 mil hab.) e Nordeste (126,2 casos/100 mil hab.)

Até o dia 30 de abril foram confirmados 437 casos de dengue grave (DG) e 5.769 de dengue com sinais de alarme (DSA), sendo que 461 casos de DG e DAS ainda permanecem em investigação.

Foram notificados 214 óbitos por dengue no país neste ano, sendo 194 por critério laboratorial e 20 por critério clínico-epidemiológico. Os estados com mais registro de óbitos pela enfermidade até agora são: São Paulo (77), Goiás (24), Santa Catarina (23) e Bahia (21). Outros 228 óbitos estão em investigação.

dengue

Espalhamento da dengue

A bióloga e epidemiologista Claudia Codeço, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destacou, em entrevista ao portal de notícias BBC Brasil, uma atividade expressiva da dengue em algumas partes do país.
“O que podemos observar neste ano é uma atividade expressiva da dengue em algumas partes do país, em particular no eixo que vai do Tocantins até Santa Catarina, passando pelo Centro-Oeste e pela porção oeste de São Paulo”, comentou a especialista.

Chikungunya 

Em relação à febre chikungunya, até o último dia 30 de abril foram registrados 57.785 casos prováveis, com taxa de incidência de 27,1 casos por 100 mil habitantes no país. Esses números correspondem a um crescimento de 56,6% dos casos em relação ao mesmo período do ano passado.

A região Nordeste foi a que apresentou a maior incidência dos casos, com 80,4 casos por 100 mil habitantes, seguida pelo Centro-Oeste (18,1 casos/100 mil habitantes) e Norte (10,6 casos/100 mil habitantes).

Desde o início do ano, a chikungunya causou o óbito de 13 brasileiros, sendo nove apenas no Ceará. Os estados do Maranhão, Paraíba, Alagoas e Mato Grosso do Sul foram responsáveis pelos quatro outros registros. Quinze óbitos seguem em investigação.

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Zika 

Já foram notificados 2.118 casos prováveis, com taxa de incidência de 1 caso por 100 mil habitantes no país. Em relação ao ano passado, os dados representam um aumento de 53,9% no número de casos. Até o fechamento do último boletim epidemiológico não foi notificado nenhum óbito causado pelo vírus da zika em território nacional.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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