Dia Internacional do Orgulho Gay

Junho é considerado o mês do orgulho LGBTQIA+ e no dia 28 de junho comemora-se o Dia Internacional do Orgulho Gay, ou Orgulho LGBTQIA+.

No dia 28 de junho é comemorado o Dia Internacional do Orgulho Gay, ou Orgulho LGBTQIA+. A data representa a libertação de um grupo de gays que enfrentavam a violência praticada por policiais pela orientação sexual. Apesar de até os dias atuais existirem lutas e desafios sociais, são notados avanços culturais e sociais de respeito à população LGBTQIA+. Todavia, cabe ao profissional de saúde a utilização correta de termos para abordar a saúde em seu aspecto amplo de todos os indivíduos.

Leia também: 5 pontos no cuidado para pessoas trans na APS

Dia Internacional do Orgulho Gay

Sexualidade:

Está relacionada a significação atribuída às interações sociais e corporais que perpassam o erotismo, desejo, afeto, reprodução e poder social.

Gênero:

Conceito que distingue dimensão biológica/anatômica do sexo masculino e feminino da dimensão social de identificação de ser homem e mulher em determinada cultura e realidade histórica e social.

Sexo Biológico:

Características anatômicas ao nascer: macho, fêmea ou intersexual.

Intersexualidade:

Pessoa que nasce com anatomia reprodutiva indeterminada. Antes era indicada a determinação por meio de cirurgia e reposição hormonal antes de 24 meses de idade, porém, atualmente é recomendado aguardar até que o/a jovem possa participar da escolha.

Observação: O termo hermafrodita não é sinônimo de intersexualidade, pois, do ponto de vista biológico o hermafrodita consegue reproduzir com o masculino e feminino.

Aliado(a):

Pessoas que promovem os direitos LGBTQIA+, independente da orientação sexual e identidade de gênero.

Orientação Sexual:

Indica o gênero diferente ou igual pelo qual a pessoa sente atração emocional, afetiva ou sexual.

  • Assexual (não sente atração sexual pelo gênero oposto ou pelo mesmo gênero);
  • Bissexual (atração por pessoa do mesmo gênero e pelo gênero oposto);
  • Gay (pessoa do gênero masculino com atração por outras pessoas do gênero masculino);
  • Heterossexual (pessoa atraída por gênero oposto);
  • Homossexual (pessoa atraída por mesmo gênero);
  • Homoafetivo (descreve as relações entre as pessoas do mesmo gênero);
  • Pansexualidade (representa que a pessoa tem atração por outra pessoas, independente do sexo e gênero, pois essa orientação rejeita a divisão de dois gêneros e de orientação sexual);
  • Lésbica (pessoa do gênero feminino com atração por outras pessoas do gênero feminino).

Saiba mais: A Política Nacional de Saúde Integral (LGBTI+): o que você precisa saber?

Identidade de gênero:

É o modo como a pessoa se identifica com o seu gênero.

  • Cisgênero: quem se identifica com o seu gênero de nascimento;
  • Cross-dresser: ou transformismo, pessoa que expressa o gênero oposto ao utilizar roupas e acessórios, seja por qual for o motivo;
  • Drag queen: pessoa, normalmente do sexo masculino, que utiliza para fins artísticos, roupas e maquiagens de forma marcante do gênero feminino;
  • Drag king: pessoa, normalmente do sexo feminino, que utiliza para fins artísticos, roupas e maquiagens de forma marcante do gênero masculino;
  • Transgênero: pessoa que a identidade de gênero é diferente do sexo identificado ao nascimento;
  • Transexual: pessoa que passa por uma transição por tratamentos hormonais e/ou cirúrgicos com o objetivo de se assemelhar com sua identidade de gênero;
  • Queer: pessoa cuja identidade de gênero é não-binária, ou seja, não se identifica como do gênero masculino ou feminino.

E, no final do mês de junho, que é considerado o mês do orgulho LGBTQIA+, nós do Nursebook queremos reafirmar que não importa a orientação sexual de uma pessoa ou a sua identidade de gênero, mas sim que ela seja respeitada como um ser humano e que tenha todos os seus direitos garantidos, além, é claro, de contribuirmos para que o profissional de enfermagem possa prestar uma assistência humanizada e contribuir para a promoção à saúde integral de todos.

Autoria:

Isabelle Gaspar
Enfermeira – Residência em Saúde da Mulher (HESFA/UFRJ), Mestrado em Enfermagem (EEAN/UFRJ) e Especialização em Gênero e Sexualidade (CLAM/IMS/UERJ).

Mariana Marins
Enfermeira, especialista em saúde da família. Mestre em educação pela Universidade Federal Fluminense. Experiência na gestão de unidade básica de saúde no Município do Rio de Janeiro e atualmente Gestora em Saúde no Município de Maricá.

Hérica Correa
Enfermeira e coordenadora da Estratégia Saúde da Família. Mestranda em Cuidado Primário em Saúde na Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Enfermeira obstetra pelo Hospital Sofia Feldman. Enfermeira pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • REIS, T., org. Manual de Comunicação LGBTI+. 2ª edição. Curitiba: Aliança Nacional LGBTI, GayLatino, 2018. 104 p.
  • CEPAC – Centro Paranaense da Cidadania. Guia do Projeto Espaço Paranaense da Diversidade LGBT: mobilização, políticas públicas, saúde e direitos humanos. Curitiba: CEPAC, 2015.
  • Presidência da República (BR). Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Plano Nacional de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos de LGBT. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2009.
  • BENTO, B. A. de M. O que é transexualidade? São Paulo: Brasiliense, 2008 (Primeiros Passos, n. 328).

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