O Dia Mundial da Malária, 25 de abril, foi escolhido para sensibilizar, conscientizar e divulgar informações sobre prevenção, enfrentamento e tratamento da doença que é comum em regiões tropicais e subtropicais. A malária está fortemente presente na região amazônica, onde Venezuela, Brasil, Peru e Colômbia concentram cerca de 83% dos casos nas Américas.
A infecção é causada por protozoários do gênero Plasmodium: P. falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi, na América do Sul os mais comuns são o P vivax e o P. falciparum. Os vetores de infecção são os mosquitos Anopheles (conhecido como muriçoca, carapanã, pernilongo ou mosquito prego), que se reproduzem em água doce sombreada com pouca correnteza ou em águas salobras. A transmissão se dá quando o mosquito pica uma pessoa com a infecção e depois pica uma pessoa sem infecção. O período de incubação varia de 12 a 14 dias. Uma pessoa consegue ser fonte de infecção por até 16 dias.
Sinais e sintomas da Malária
– Febre alta;
– Mal-estar;
– Cefaleia;
– Cansaço;
– Mialgia;
– Calafrios;
– Anemia;
– Leucopenia;
– Elevação de bilirrubina total, gama GT, ureia, creatinina e transaminases.
Além dos sintomas acima, crianças também podem apresentar: astenia; anorexia; vômitos e diarreias; dor abdominal; tonteira; artralgia e mialgia; hepato ou esplenomegalia;
Diagnóstico
Visita ou permanência em regiões com malária endêmica, transfusão sanguínea ou contato com perfurocortante contaminado, sintomas supracitados e diagnóstico laboratorial.
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através de visualização direta do esfregaço sanguíneo, teste rápido imunológico, imunofluorescência indireta, Elisa e PCR.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com o agente etiológico, o tratamento de primeira escolha para o P. vivax é cloroquina (3 dias iniciais) e primaquina (7 dias iniciais) e infecções por P. falciparum artemeter + lumefantrina nos 3 dias iniciais.
Profilaxia
A profilaxia é realizada através do diagnóstico e tratamento precoces e controle de vetores através de educação em saúde e tratamento químico de ambientes. A erradicação é lenta e depende da diminuição gradativa de pessoas infectadas para diminuir a cadeia de infecção.
Referências bibliográficas:
- PAHO. Plan of action for malaria elimination 2016–2020 (CD55/13). 55th directing council, 68th session of the PAHO regional committte. Washington, D.C.: Pan American Health Organization/World Health Organization; 2016.
- WHO. World Malaria Report. Geneva: World Health Organization; 2016.
- PAHO. Alerta Epidemiológica: Aumento de casos de malaria; 2017.