O Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla foi instituído pela Lei nº 11.303/2.006 e busca dar visibilidade à doença, informar a população e alertar para a importância de um diagnóstico precoce a fim de se realizar o tratamento adequado dessa enfermidade que atinge milhares de pessoas. A esclerose múltipla é conhecida na literatura como uma doença que afeta abruptamente o sistema nervoso, provocando a desmielinização, proteína fundamental na transmissão do impulso nervoso.
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Vários fatores se relacionam com a doença, sendo evidente a aparição de fatores imunológicos, genéticos e ambientais. Tais fatores de maneira direta ou indireta podem contribuir para evolução clínica da doença. Pode ser considerada uma enfermidade inflamatória autoimune. É conhecida como esclerose disseminada ou em placas, nome dado pelos franceses que fizeram grandes estudos de base no final do século XIX.
O diagnóstico de esclerose múltipla é clínico não havendo marcadores ou exames laboratoriais. A evolução dos exames de imagem, elevou o papel dos exames subsidiários, necessários para a compreensão da doença. A doença atinge adultos jovens e principalmente de sexo feminino com etiologia ainda não bem esclarecida. A doença causa lesões inflamatórias crônicas no sistema nervoso central atingindo assim placas na substância branca ou medula espinhal. O diagnóstico além dos exames laboratoriais do líquido cefalorraquidiano e exames de imagem cerebral e da medula óssea, respeitará os critérios de McDonald.
Quais são os possíveis sintomas da esclerose Múltipla?
- Inicialmente pode parecer doença ocular, por afetar nervos ópticos;
- Distorções visuais como a diplopia e alterações da visão;
- Mancha no centro da visão e dor retro orbital;
- Fraqueza muscular nos membros superiores e inferiores;
- Formigamento e dormências periféricas;
- Incontinência urinária;
- Constipação;
- Neuralgias, fadigas e cansaço rotineiro;
- Pensamento lentificado;
- Falta de equilíbrio;
- Alterações de humor, ansiedade e sintomas depressivos.
Tratamento
O tratamento farmacológico é feito com imunossupressor de todos os tipos para cada tipo, sendo orais, infusionais e de alta complexidade com o transplante autólogo de células troco. As recomendações embora não alterem a evolução da doença, podem contribuir para melhoria da qualidade de vida, dentre as recomendações, atividades físicas, controle do peso e atividades fisioterápicas são recomendadas aliviando dores e complicações da doença. A doença não é uma doença mental, não é contagiosas e não é suscetível de prevenção, não tendo cura, mas é possível ter qualidade de vida e práticas de saúde que atenuem a progressão da doença.