O Brasil é um dos países que possuem maior prevalência de asma, cerca de 12% da população de adolescentes e adultos têm o diagnóstico médico de asma. O Dia Nacional de Controle da Asma é especialmente importante porque, apesar de cerca de 12% da população ter o diagnóstico médico de asma, estima-se que 23% da população tenha sintomas, o que nos leva a acreditar que cerca de 13% da população não tem conhecimento do seu diagnóstico. Acredita-se, ainda, que cerca de 87% das pessoas que têm ciência do diagnóstico de asma, não têm os sintomas plenamente controlados.
O que é a asma?
É uma doença crônica caracterizada pela inflamação das vias aéreas, resultando em sintomas de variada intensidade de acordo com o tempo e gravidade da doença.
Quais os sintomas da asma?
- Sibilos;
- Tiragem intercostal;
- Tiragem subcostal;
- Tiragem esternal;
- Batimento de asa de nariz;
- Tosse;
- Queda de saturação de oxigênio.
Tem cura?
A asma não tem cura. O tratamento visa a prevenção de exacerbações e manutenção da capacidade pulmonar. Ele divide-se em controle ambiental, controle medicamentoso e tratamento das exacerbações.
Ações de enfermagem
As ações de enfermagem vão desde a educação em saúde a ações de controle, como:
- Recomendar ações de controle ambiental e de hábitos, como evitar contato com poeira ou em locais com níveis altos de poluição;
- Medidas domiciliares de controle de ácaros, como manter os ambientes bem arejados, trocar travesseiro a cada seis meses, trocar roupa de cama periodicamente, usar fronhas impermeáveis, evitar contato com pelo de animais, preferir produtos de higiene pessoal e de limpeza ambiental inodoros ou com cheiro suave e evitar contato com substâncias que sabidamente tenham alergia;
- O enfermeiro deve orientar, também, que o uso e abuso de drogas e de tabaco podem aumentar o risco de exacerbações e diminuir o efeito das drogas de controle do broncoespasmo.
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Tratamento medicamentoso
Atualmente, as recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia apontam como o tratamento ambiental e inalatórios como prioritários, utilizando corticóides orais sendo recomendados em casos mais graves, cujos tratamentos com corticoide inalatório, β2-agonista de longa duração, β2-agonista de curta duração, formoterol não tenho sido efetivos.
Referências bibliográficas:
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Recomendações para o manejo da asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2020. J Bras Pneumol. 2020;46(1). Disponível em: https://www.jornaldepneumologia.com.br/export-pdf/3118/2020_46_1_3118_portugues.pdf
- Global Asthma Network. The Global Asthma Report 2018. Auckland, New Zealand: Global Asthma Network, 2018. Disponível em: http://globalasthmareport.org/