Diabetes na infância: panorama clínico [podcast]

Neste episódio, a Dra. Maria Eduarda Cruxen, pediatra e conteudista do WB, aborda como a diabetes tem aumentado na população pediátrica.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

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A diabetes mellitus tipo 2 (DM2), uma doença metabólica em que há hiperglicemia por deficiência relativa de insulina, vem aumentando sua incidência na população pediátrica, e esse aumento está associado à obesidade infantil.

Ela envolve tanto a resistência à ação da insulina quanto uma alteração na função da célula betapancreática, que a torna incapaz de manter uma adequada secreção de insulina. A secreção prejudicada não é mediada por anticorpos contra as células das ilhotas pancreáticas. Quando autoanticorpos  pancreáticos estão presentes, considera-se diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 (DM1).

Neste episódio, a Dra. Maria Eduarda Cruxen, pediatra e conteudista do WhiteBook, aborda as características e tratamento para essa condição, além de comentar sobre como essa patologia tem aumentado sua incidência na população pediátrica. Confira!

Epidemiologia

A incidência de DM2 aumentou ao longo dos últimos anos em decorrência do aumento da obesidade infantil.

Quadro clínico

As características clínicas são semelhantes às dos adultos, acometendo normalmente adolescentes com sobrepeso/obesos, com sinais de resistência insulínica, como acantose nigricans, e com história familiar para DM ou doença cardiovascular.

O quadro clínico inicial é variável, podendo o paciente ser assintomático (mais comum) ou ter sintomas mais evidentes, decorrentes da hiperglicemia:

  • Poliúria, polidipsia, noctúria (semelhante DM1);
  • Perda de peso recente (menos que em pacientes com DM1);
  • Corrimento vaginal/vulvovaginite por candida em meninas e tínea cruris em meninos;
  • Cetoacidose diabética (CAD), pode ocorrer em 5 a 12% como apresentação inicial da DM2, porém a maioria dos pacientes que apresentam CAD pela primeira vez tem DM1;
  • Estado hiperglicêmico hiperosmolar (HHS) raramente ocorre, sendo descrita em adolescentes afro-americanos com DM2 recém diagnósticada.

Há sobreposição clínica entre DM2 e DM1, e, no momento inicial da apresentação clínica, pode ser difícil distinguir entre os dois. Entretanto, essa distinção é importante pois o manejo é diferente. Por isso é importante realizar uma boa história clínica, procurando os fatores associados ao DM2, por exemplo, idade de início mais tardio (normalmente após os 10 anos de idade), sinais de resistência a insulina, dislipidemia, história familiar, assim como a realização de testes laboratoriais que auxiliam no diagnóstico do tipo de DM.

Saiba mais sobre esta condição ouvindo episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça agora dando play!

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