Diabetes tipo 1 é tema de projeto inédito de capacitação para profissionais de saúde

O Brasil é um dos países com mais casos de diabetes mellitus. Isso torna necessárias iniciativas que reduzam esse número e minimizem os riscos da doença.

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O Brasil está em quarto lugar no ranking de países com o maior número de pessoas com diabetes mellitus. Já em relação à quantidade de crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 (DM1), estamos em terceiro lugar. Os dados da International Diabetes Federation (IDF) servem para alertar gestores e profissionais de saúde para a importância da realização de iniciativas que reduzam esse número e minimizem os riscos para os pacientes, principalmente os que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para atender a essa demanda por conhecimento surgiu o projeto Glica Melito, realizado através de uma parceria entre o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), a empresa Novo Nordisk e o Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social (IPADS).

“Educar continuamente pacientes e profissionais de saúde é um objetivo fundamental. Vemos o Glica Melito como um projeto extremamente relevante exatamente por trazer essas informações diretamente para os pacientes do SUS e os profissionais de saúde envolvidos em seu atendimento, na ponta. Esperamos contribuir para o amadurecimento de uma cultura de autocuidado e atenção para o paciente com diabetes”, afirma Simone Tcherniakovsky, diretora de Acesso a Mercado, Relações Institucionais e Comunicação da Novo Nordisk, empresa global de saúde com 95 anos de inovação e liderança no tratamento do diabetes.

Objetivos do Projeto

  1. Qualificar o cuidado para pessoas com Diabetes Mellitus Tipo 1 atendidas no SUS.
  2. Apoiar a implantação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Diabetes Mellitus Tipo 1.
  3. Capacitar a equipe de saúde para o tratamento do Diabetes Mellitus Tipo 1 e o uso das tecnologias disponibilizadas no SUS.
  4. Aprimorar as ações da equipe de saúde para: educação em diabetes, insulinoterapia, automonitorização glicêmica, orientação nutricional e prática de atividade física.
  5. Subsidiar e fomentar a educação dos pacientes e cuidadores estimulando o autocuidado.

Profissionais de saúde têm acesso gratuito a cursos e vídeos explicativos

A iniciativa conta com cursos, vídeos educativos e uma pesquisa para investigação da inserção das novas tecnologias no tratamento do DM1 no SUS. A implementação contará com o suporte técnico do IPADS, sendo composta por cinco vídeos com foco no autocuidado direcionados às pessoas com DM1.

Já foram disponibilizados cinco episódios da Websérie Glica Melito no site do CONASEMS, no hotsite Glica Melito, hospedado no site do IPADS, e no canal do YouTube.

Além dos vídeos, o projeto  ainda irá disponibilizar três cursos na modalidade de ensino à distância autoinstrucional para aprimoramento dos profissionais de saúde do SUS. Eles serão direcionados à equipe médica e aos profissionais de saúde de nível superior e profissionais de saúde de nível médio, com carga horária entre 10 a 15 horas.

“Dessa forma, atuamos em duas frentes importantes e diretamente envolvidas no cenário do diabetes: os profissionais e os pacientes. Além disso, é importante buscar informações que contribuam para a tomada de decisão dos gestores em relação aos fluxos estabelecidos para o aprimoramento no acesso e adequada utilização das tecnologias incorporadas ao SUS no conjunto dos municípios brasileiros”, explica Orlando Mário Soeiro, presidente do IPADS.

As orientações sobre as inscrições, acessos e certificações serão disponibilizadas nos sites do CONASEMS e do IPADS.

Saiba mais: Há relação entre vacinação e redução na incidência do diabetes tipo 1?

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas

O projeto Glica Melito dialoga ainda com o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) – Diabetes Mellitus tipo 1, que estabelece critérios de diagnóstico e tratamento. Além disso, estabelece mecanismos de regulação em nível nacional, servindo como norte para Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes.

No entanto, para que o Protocolo se efetive na prática é necessária a sua utilização pelos profissionais da saúde, além do apoio dos municípios no processo de regulação.

“O PCDT certamente é um passo importante para as pessoas com diabetes, mas também um grande desafio para os municípios, que precisam buscar meios de garantir que essa população tenha acesso às tecnologias incorporadas no SUS”, comenta Mauro Junqueira, presidente do Conasems.

O mesmo documento também ressalta a importância da educação de pacientes e familiares para o autocuidado. Isso  passa por esferas como: alimentação saudável, contagem de carboidratos, prática de exercícios físicos, identificação e tratamento da hipoglicemia, administração de insulina, insulinoterapia intensiva e automonitorização da glicemia capilar.

“Esperamos com esse projeto colaborar com a implantação do PCDT de DM1 nos serviços do SUS; fomentar a educação permanente e a integração da equipe de saúde no atendimento a pessoa com DM1; contribuir para o desenvolvimento de práticas educativas para o autocuidado apoiado e ainda colaborar com a melhoria da adesão para o controle glicêmico e redução das complicações do DM1”, destaca Orlando Soeiro.

 

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