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O politrauma é uma causa comum de via aérea difícil. Em um texto recente, revisamos o passo a passo para a intubação orotraqueal em cenários de emergência, mostrando a sequência rápida de intubação. Hoje nosso objetivo é mostrar para as diferentes formas de trauma, quais as opções de abordagem à via aérea você deve conhecer e usar.
A mensagem inicial é muito importante: o objetivo é assegurar ventilação e oxigenação e não “intubar a qualquer custo”. Por isso, o médico deve avaliar a dificuldade que existe e decidir pelas alternativas para manuseio da via aérea. Em paralelo, manter suporte hemodinâmico e de oxigênio que evite hipoxemia e hipotensão, as duas causas que levam à parada cardíaca durante a tentativa de intubação!
TCE |
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Preparo |
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Sedação |
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Plano A |
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Plano B |
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Dicas |
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Trauma Cervical com Colar |
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Preparo |
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Plano A |
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Plano B |
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Dicas |
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Sangue e/ou secreção via aérea |
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Preparo |
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Plano A |
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Plano B |
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Dicas |
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Outra dica importante do texto: o paciente pode estar agitado por dor ou por lesão cerebral!! Se ele não responder às tentativas iniciais de controle da agitação, considere que há TCE, sede-o e coloque-o em ventilação mecânica. A quetamina é ótima opção neste cenário, pois na dose de 1 mg/kg consegue reduzir a agitação sem comprometer os reflexos da via aérea.
A intubação acordado, com anestesia tópica, é sempre opção para a via aérea difícil na qual a sedação possa gerar colapso repentino, como um paciente com queimadura de via aérea. Contudo, é de difícil realização por quem não tem treinamento e no paciente traumatizado devido à baixa cooperação.
Há autores que sugerem avaliar a perfusão e no paciente com má perfusão e/ou shock index > 0,8, fazer reposição volêmica e/ou uso aminas, bem como reduzir a dose do hipnótico em 50%, com aumento na dose do bloqueador neuromuscular.
FONA (Front of Neck Airway)
É o acesso direto à traqueia pela membrana cricotireóidea. Pode ser feito de duas formas:
É o procedimento de resgate final – se tudo falhar e o paciente continuar a dessaturar, esta é sua escolha! Mas será o procedimento inicial quando há trauma orofacial e/ou mandibular. Neste cenário, se o paciente estiver estável e saturando bem, outra opção é ir direto para traqueostomia no centro cirúrgico.
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Referências:
- Airway Management in Trauma Emergency Medicine Clinics of North America. Volume 36, Issue 1, February 2018, Pages 61-84 || https://doi.org/10.1016/j.emc.2017.08.006