A Eritropoietina (EPO) controla a produção de glóbulos vermelhos no sangue e é muito usada no tratamento da anemia. Uma nova pesquisa indica que ela também pode melhorar o desempenho cognitivo em pacientes com transtorno bipolar ou depressão maior.
O novo estudo, publicada na revista European Neuropsychopharmacology, mostrou que EPO melhora o desempenho cognitivo através de uma série de medidas. Estes efeitos persistiram por, pelo menos, seis meses e foram significativamente maiores em pacientes com desempenho fraco em testes neuropsicológicos.
Para a pesquisa, a equipe realizou uma análise de ensaios anteriores para determinar se o tratamento com Eritropoietina:
- melhora a velocidade de processamento cognitivo complexo;
- aumenta a probabilidade de melhorias nas deficiências de base;
- e se as melhorias objetivas estão relacionadas a melhora no funcionamento subjetivo e diário.
Tanto para pacientes com transtorno bipolar, quanto para aqueles com depressão, EPO melhorou significativamente a velocidade de processamento cognitivo complexo. Os benefícios foram observados em uma série de testes, incluindo memória verbal, atenção e capacidade de planejamento.
Os pesquisadores descobriram também que o déficit cognitivo objetivo foi associado com um aumento na probabilidade de alcançar melhoria clínica relevante. As melhorias foram ligadas também a uma redução na gravidade dos sintomas de depressão.
Para examinar o impacto a longo prazo, a equipe vai iniciar novos ensaios em Janeiro de 2017.
Referências:
- The effect of erythropoietin on cognition in affective disorders – Associations with baseline deficits and change in subjective cognitive complaints. DOI: https://dx.doi.org/10.1016/j.euroneuro.2016.05.009