Como orientar seu paciente sobre a exposição solar?

Carnaval chegando e com isso muitos aproveitam para irem a praia ou piscina e até mesmo o uso de roupas pequenas ao ar livre com grande exposição solar.

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O Carnaval está chegando e, com isso, muitos aproveitam para irem à praia ou piscina e, até mesmo, usar roupas pequenas em blocos e desfiles ao ar livre com grande exposição solar. Devemos ficar atentos, uma vez que nos últimos anos houve um grande aumento na incidência de câncer de pele.

São diagnosticados todos os anos cerca de 1 milhão de cânceres de pele, sendo o melanoma cada vez mais incidente. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, 76% e 62% das mulheres se expõem ao sol sem nenhuma proteção.

Para termos uma proteção ao sol adequada, precisamos de: roupa apropriada, filtro solar e hábitos saudáveis de exposição ao sol, evitando os horários entre 10h e 16h.

Veja também: ‘Os principais tipos de câncer de pele’

Os filtros solares protegem contra os raios ultra violetas (RUV). Há 2 tipo principais de RUV: o UVA e o UVB. O UVA tem maior comprimento de onda e menor influência com as alterações climáticas, penetrando na pele com uma maior resposta à imunossupressão.

Já o UVB tem comprimento de onda mais curto e penetra menos na Terra, porém é o principal responsável ao dano à pele, sendo mais carcinogênico. Mesmo com essas características, ambos UVA e UVB são carcinogênicos e imunossupressores, devendo ser evitados sobre a pele. A RUV absorvida na pele produz radicais livres e espécies reativas de oxigênio com consequente dano ao DNA celular, levando à mutações e ao câncer de pele.

Há diversas formas de fotoproteção, como naturais: camada de ozônio, nuvens e até a própria pele; e físicos: roupas, óculos, vidros e chapéus e o famoso filtro solar.

E mais: ‘Recomendações para o rastreio do câncer de pele’

O mecanismo de ação do filtro solar pode ser por absorção (orgânico), dispersão ou por reflexão. Sua eficácia é medida em FPS – fator de proteção solar –, que significa o tempo de exposição necessário para atingir a dose eritematosa mínima. Um filtro com FPS 15, por exemplo, tem 15 vezes maior tempo para o surgimento do eritema (vermelhidão).

A recomendação é o uso diário de filtro solar com FPS maior ou igual a 30 e deve ser reaplicado, pelo menos, de 2 em 2 horas nas áreas expostas ao sol e em quantidade adequada. Essa quantidade é de 2mg/cm², o que significa que um adulto precisa de uma quantidade de uma xícara de café para proteger todo o corpo.

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Fique ligado!

Um fato muito importante no verão é a associação de filtros solares com repelentes. O uso concomitante com repelente à base de DEET aumenta a toxicidade do repelente e reduz a eficácia do filtro solar, devendo ser evitado. Quando indispensável, deve-se usar o filtro antes da aplicação do repelente.

O habito de fotoproteção desde a infância com roupas e filtros solares reduz significativamente o risco de melanoma e câncer de pele, por isso deve sempre ser estimulado entre as crianças e os pais. A prevenção ainda é a nossa melhor arma para o combate ao câncer de pele.

Referências:

  • Surgical & Cosmetic Dermatology 2009;1(4):186-192

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