Estudo sugere ‘aposentar’ os inibidores da ECA

A maioria das diretrizes para o tratamento de pacientes com doença cardiovascular recomenda o uso de inibidores da ECA (iECA) como terapia de primeira linha, enquanto a escolha pelo BRA é uma alternativa para pacientes que não toleram o tratamento inicial.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A maioria das diretrizes para o tratamento de pacientes com doença cardiovascular recomenda o uso de inibidores da ECA (iECA) como terapia de primeira linha, enquanto a escolha pelo BRA é uma alternativa para pacientes que não toleram o tratamento inicial. No entanto, um novo artigo do Journal Of The American College of Cardiology (JACC) sugere que pode estar na hora de “aposentar” o iECA.

Para chegar nessa conclusão, pesquisadores realizaram uma análise de 119 ensaios clínicos randomizados de iECA e BRA em mais de 500 mil pacientes.

Eficácia

Em pacientes com hipertensão, não foram encontradas diferenças na eficácia entre BRA e iECA em relação ao desfecho da pressão arterial e de mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e doença renal em estágio final.

Segurança

Em relação à segurança, evidências mostram que os BRA são mais bem tolerados. Os iECA permanecem associados à tosse e a um risco muito baixo de angioedema e fatalidades. Em comparações diretas, a suspensão do tratamento com os BRA foi 22% menor do que com os iECA.

Conclusão

Dada a eficácia similar, mas menos eventos adversos com BRA, os pesquisadores concluíram que o risco-benefício agregado indica que, atualmente, “há pouca ou nenhuma razão” para optar pelo iECA no tratamento da hipertensão.

O estudo não fez uma análise do custo de cada medicamento, o que em países de baixa renda, pode ser um fator fundamental na escolha e adesão do tratamento.

iECA vs BRA: as diferenças são clinicamente relevantes?

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors in Hypertension. Franz H. Messerli, Sripal Bangalore, Chirag Bavishi, Stefano F. Rimoldi. Journal of the American College of Cardiology Apr 2018, 71 (13) 1474-1482; DOI: 10.1016/j.jacc.2018.01.058

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades

Tags