Nesta quinta-feira (4), o governo norte-americano declarou que os Estados Unidos entraram em situação de emergência na saúde por causa do avanço de casos de monkeypox, ou varíola dos macacos. O secretário de Saúde e Serviços Humanos da Casa Branca, Xavier Becerra, fez o anúncio e pediu o apoio de todos os cidadãos do país no enfrentamento ao vírus. A OMS havia declarado emergência de saúde global no último dia 23.
Com o anúncio da Casa Branca, os órgãos de saúde dos Estados Unidos podem receber fundos monetários de emergência para uso no atendimento aos pacientes e em medidas de redução da transmissão. Os estados de Illinois, Califórnia e Nova York concentram quase metade dos casos confirmados e suspeitos da doença.
Tratamento para monkeypox
O tratamento é basicamente de suporte, focando em analgesia e hidratação. Casos de proctite podem necessitar de analgésicos mais fortes, laxativos e enemas de mesalazina, enquanto abscessos podem exigir drenagem e antibioticoterapia.
Em relação ao uso de antivirais, não existe tratamento aprovado especificamente para monkeypox, mas alguns fármacos aprovados para Orthopoxvirus vêm sendo avaliados. Seu uso é considerado indicado somente em casos graves, incluindo indivíduos que precisem ser hospitalizados pelo quadro clínico, crianças maiores de 8 anos e gestantes. Até o momento, tecovirimat, cidofovir e brincidofovir são as drogas com ação in vitro ou em modelo animal aprovadas para uso.
Vacinação
Pela OMS, não há recomendação para vacinação em massa. Vacinas contra varíola de segunda e terceira geração podem ser úteis contra monkeypox, nos casos de profilaxia pós-exposição de contatos (preferencialmente em até 4 dias para prevenir a doença e 4 a 14 dias para redução de sintomas), e como profilaxia pré-exposição de profissionais de saúde com alto risco de exposição e profissionais de laboratório que trabalham com Orthopoxvirus ou que realizam testes diagnósticos para monkeypox.