A hepatite C é uma doença viral crônica que afeta o fígado, transmitida principalmente pelo contato com sangue contaminado, podendo levar a danos hepáticos graves ao longo do tempo se não for tratada adequadamente.
Já existem tratamentos antivirais de ação direta que têm alta eficácia em eliminar o vírus e melhorar o prognóstico dos pacientes.
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Neste episódio, Isabel Mendes, infectologista e editora-médica do Whitebook, fala sobre a família viral dessa doença, formas de contágio e tudo que você precisa saber para a prática médica.
Acompanhamento
Monitorar função hepática de pacientes com cirrose hepática, principalmente aqueles que utilizem medicamentos inibidores de protease.
Devem ser realizados hemograma, creatinina e função hepática no início do tratamento e, sempre que clinicamente indicado, os pacientes devem repetir esses exames durante o tratamento.
Quando em uso de Ribavirina, realizar hemograma e creatinina nas semanas 4, 8 e 12 para avaliar anemia. A frequência pode ser superior, de acordo com a necessidade de cada caso. Na presença de anemia, ajustar a dose de Ribavirina. Se hemoglobina atual 3 g/dL em relação ao nível pré-tratamento, está indicado tratamento concomitante com Eritropoietina.
Pacientes em uso de Alfapeguinterferona evoluindo com neutropenia
Para pacientes em uso de Alfapeguinterferona evoluindo com plaquetopenia, reduzir a dose em 50% se plaquetas entre 25.000/mm³ e 50.000/mm³; se plaquetas
Teste para identificação do HCV-RNA (por biologia molecular) deve ser realizado na 12ª e 24ª semanas após o término do tratamento para avaliar a efetividade terapêutica. A resposta virológica sustentada (RVS) é definida por HCV-RNA negativo na semana 24 após o tratamento. Importante lembrar que a hepatite C (aguda ou crônica) não confere imunidade protetora após a primeira infecção. Sendo assim, o risco de reinfecção segue presente, mesmo para os pacientes anti-HCV positivos.
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Após o tratamento e o resultado da RVS, o paciente com fibrose F3 ou cirrose deve continuar em acompanhamento no serviço especializado, realizando ultrassonografia e alfafetoproteína a cada seis meses.
O paciente com RVS geralmente apresenta normalização das enzimas hepáticas, melhora da função hepática, regressão da atividade necroinflamatória e fibrose. O risco de CHC é reduzido, mas não completamente eliminado no paciente com fibrose avançada (F3 ou F4).
Saiba mais conferindo o episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!