Hipertensão pulmonar: como tratar? [podcast]

Neste episódio, a cardiologista e conteudista do Whitebook Sara Ziotti fala sobre as principais apresentações da hipertensão pulmonar.

Hipertensão pulmonar é a elevação da pressão pulmonar média. Pode ser uma hipertensão primária da circulação arterial pulmonar, ou seja, pré-capilar,  ou secundária da elevação pressão da circulação venosa, portanto, hipertensão pulmonar pós-capilar. Ambos os tipos podem coexistir em alguns pacientes.

Neste episódio, a cardiologista e conteudista do Whitebook Sara Ziotti fala sobre esse quadro, suas classificações consequências e manejo. Confira!

hipertensão-pulmonar

Fisiopatologia

Pode ser uma elevação primária da pressão na circulação arterial pulmonar isolada (HP pré-capilar) ou secundária a elevações de pressão na circulação venosa e capilar pulmonar (HP pós-capilar).

Vários pacientes têm HP pré e pós-capilar concomitantemente.

Apresentação Clí­nica

Anamnese

Quadro clínico: Inicialmente, os pacientes costumam apresentar dispneia aos esforços e fadiga.

Com a progressão da doença, pode ocorrer:

  • Dor torácica anginosa (devido hipoperfusão subendocárdica do VD ou por compressão da coronária esquerda pelo tronco pulmonar);
  • Síncope (aos esforços: Baixo débito ou arritmogênica);
  • Congestão direita (edema periférico, turgência venosa jugular, onda A e onda V aumentadas, ascite, hepatomegalia, derrame pleural etc.) por acometimento de ventrículo direito;
  • Anorexia, náusea, vômito e dor em hipocôndrio direito por congestão hepática e gástrica são, também, manifestações possíveis;
  • Em menor frequência ocorre: Hemoptise, tosse, rouquidão (compressão laríngea), palpitações (arritmias atriais).

Se existem doenças de base, como as colagenoses, cardiopatia congênita, DPOC etc., pode haver sinais e sintomas específicos de cada doença.

Geralmente, os sinais de HP surgem quando a doença já está avançada.

Marcadores de gravidade:

  • Cor pulmonale com hepatomegalia, ascite e anasarca;
  • Classes funcionais III e IV;
  • Falha terapêutica inicial.

Fatores de risco:

  • Distúrbios do coração esquerdo (ex.: insuficiência cardíaca, valvulopatia mitral e/ou aórtica, cardiomiopatia restritiva, pericardite constritiva, mixoma atrial);
  • Pneumopatia crônica e/ou hipoxemia (ex.: doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumopatia intersticial, fibrose pulmonar, apneia do sono);
  • Tromboembolismo pulmonar crônico;
  • Drogas e toxinas (ex.: supressores de apetite, cocaína, anfetaminas, inibidores seletivos da recaptação de serotonina);
  • Doenças do tecido conjuntivo (ex.: esclerodermia, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico);
    Infecção pelo HIV;
  • Cirrose e hipertensão portal;
    Cardiopatia congênita (ex.: shunts intracardíacos esquerda-direita);
  • Esquistossomose;
  • História familiar positiva (hipertensão pulmonar hereditária);
  • Anemia hemolí­tica crônica (ex.: anemia falciforme, betatalassemia, esferocitose);
  • Doenças mieloproliferativas;
  • Sarcoidose;
  • Doença renal crônica;
  • Doenças metabólicas (ex.: tireoidopatias, distúrbios do metabolismo do glicogênio).

Exame Fí­sico

Pode haver baixa saturação de O2 e cianose, sinais de IC direita (vide anamnese). Para mais informações acesse: Insuficiência cardíaca crônica.

O componente pulmonar de B2 mais intenso que componente aórtico (P2 > A2) ou hiperfonese de B2, presença de B3 e B4 de VD. Em casos avançados, há sinais de insuficiência tricúspide.

Leia também: Anemia Ferropriva: o que devo saber?

Saiba mais conferindo o episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!

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