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Envelhecer com saúde é um dos grandes desafios da humanidade. O tema desperta interesse de cientistas e de gestores de saúde para a promoção, prevenção e qualidade de vida da população no processo de envelhecimento. A enfermagem deve desempenhar um papel cuidador, contribuindo para a promoção do envelhecimento saudável e traçando estratégias de longevidade com qualidade.
Todos os pacientes podem beneficiar-se das ações de promoção da saúde desenvolvidas pelos enfermeiros do Programa da Saúde da Família (PSF), que ajudam a população a manter uma vida saudável e a cultivar um envelhecimento saudável, melhorando assim a qualidade de vida da população em geral.
Envelhecimento da população no mundo e no país
O envelhecimento da população mundial vai trazer cada vez mais desafios para a economia de cada país, em particular para os mais pobres. A constatação é da Organização Mundial de Saúde (OMS), que alerta que o envelhecimento vai dominar a atenção das políticas de saúde nos próximos anos.
No Brasil, a previsão é que o número de idosos triplique até 2050 passando de 21 milhões para 64 milhões. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) 36,5% das pessoas apresentam incapacidade funcional ou dificuldade para realizar as tarefas mais simples, como atravessar a rua ou subir uma escada.
Já dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o número de idosos (maiores de 60 anos) deve chegar a 25,5% da população brasileira até 2060.
Desafios para os profissionais de enfermagem
Um dos grandes desafios para a área da saúde é conseguir trabalhar o indivíduo em sua totalidade, com a percepção de que todos os fatores relacionados ao estilo de vida e ao ambiente que estão estabelecidos se entrelaçam e determinam o bem-estar tão desejado, e, consequentemente, um menor adoecimento.
Em relação aos desafios no cuidado de enfermagem ao atendimento do idoso em urgência e emergência, a maioria dos profissionais afirma que as maiores dificuldades costumam ser quando os familiares não acompanham os pacientes nas consultas; quando o paciente idoso não adere ao tratamento ou age com agressividade/teimosia frente ao mesmo; ou ainda quando a própria família não se compromete em cuidar adequadamente do paciente idoso.
Os enfermeiros das unidades de emergência – por possuírem mais domínio e rapidez nas ações e modos de cuidar especiais, voltados para pacientes portadores de patologias/agravos à saúde de urgências e emergências, a partir de protocolos criados e aprovados por esses serviços – devem atuar conforme um processo gerenciado de cuidado, acompanhando os pacientes em todo seu processo clínico, até a definição e conclusão do seu tratamento.
O enfermeiro de emergência necessita estar apto para obter o histórico do paciente, exame físico, executando tratamento imediato, preocupando-se com a manutenção da vida e orientação dos pacientes para a continuidade de tratamento. Os profissionais de saúde devem aliar a sua fundamentação teórica à capacidade de liderança, iniciativa e habilidades assistencial e de ensino.
Pela própria característica da unidade de emergência é necessário fortalecer esse trabalho com um modelo de gerenciamento que vise o paciente como um todo, focado na continuidade do tratamento e do atendimento. Sendo assim, o enfermeiro pode ser o profissional responsável para atuar na gerência de cada caso para direcionar e integrar os pacientes, favorecendo o seu vínculo com a equipe de saúde.
Para tanto, o enfermeiro deve priorizar o trabalho educativo e preventivo desde a criança até a terceira idade, pois é na chegada da velhice que se instalam as principais doenças crônicas e não transmissíveis, como o diabetes mellitus e a hipertensão arterial, que podem ser evitadas com mudanças nos hábitos de saúde durante toda a vida.
Referências: