O Brasil registrou nesta quinta- (29) a segunda morte pelo vírus monkeypox no país. Trata-se de um homem de 33 anos, que estava internado no Hospital Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Campos informou que o paciente estava internado no Hospital Ferreira Machado (HFM), desde o início de agosto. A vítima, que não teve o nome divulgado, apresentava baixa imunidade e comorbidades, que agravaram o quadro da doença.
“Com isso, o paciente apresentou durante a internação complicações, como a transferência para Unidade de terapia Intensiva (UTI) no dia 19 e a intubação orotraqueal em 25 de agosto, que evoluíram para a fatalidade”, disse a nota.
As autoridades de Campos estão monitorando os indivíduos que tiveram contato com o paciente. Até o momento ninguém apresentou sinais e sintomas de infecção pelo vírus.
Atualmente, no município, existem três casos confirmados para monkeypox, sendo um deles o paciente que foi a óbito. Os outros dois pacientes suspeitos estão aguardando os resultados de exames que estão sendo realizados no Laboratório Central Noel Nutels (LACEN-RJ).
“Ressaltamos que não há circulação do vírus no município. Todos os pacientes possuem históricos de viagens”, afirmou a nota.
Também em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) confirmou que esse é o primeiro óbito por varíola dos macacos no estado.
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Monitoramento do monkeypox
Desde o primeiro caso suspeito registrado no estado, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da SES realiza o monitoramento diário dos casos, em parceria com os laboratórios de referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além das secretarias municipais de saúde.
O primeiro óbito em decorrência da varíola dos macacos no país foi registrado no final de julho, em Uberlândia, Minas Gerais.
Números de casos no país e no mundo
O Brasil ultrapassou a marca dos 5 mil casos confirmados da varíola dos macacos nesta quarta-feira (31), conforme divulgado em nota pelo Ministério da Saúde. São exatamente 5.037 casos no país, que continua sendo o terceiro em número de infecções no mundo.
São Paulo lidera o ranking nacional, com 3.001 pessoas infectadas (três em cada cinco diagnósticos aconteceram no estado), sendo seguido de longe pelo Rio de Janeiro, com 675 casos.
Os casos de monkeypox já ultrapassam 50 mil em todo o mundo, segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quarta-feira (31).
O painel da agência de saúde aponta para 50.496 notificações da doença e 16 óbitos de pacientes com o diagnóstico da enfermidade confirmado.
Apesar do número alto, a curva ascendente de casos, que durou quase um mês, começou a cair há uma semana. Isso indica, de acordo com o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que o surto pode ser interrompido.
“Nas Américas, que respondem por mais da metade dos casos relatados, diversos países continuam a apresentar um número crescente de infecções, embora seja encorajador ver uma tendência de queda sustentada no Canadá. Em alguns países europeus, incluindo Alemanha e Holanda, também estão vendo uma clara desaceleração do surto, demonstrando a eficácia das intervenções de saúde pública e o envolvimento da comunidade para rastrear infecções e prevenir a transmissão”, disse o chefe da organização em uma coletiva de imprensa.
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Este texto foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.
3 abr. 2024 
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